Monday, April 7, 2008

Atletismo também vai a Pequim

O atletismo vai juntar-se à ginástica rítmica na representação de Cabo Verde nas Olimpíadas de Pequim. Neste caso, as ilhas “correm” dentro e fora das pistas.

O presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano (COC), Franklin Palma, está em Pequim, onde permanece até o próximo dia 14, a cumprir o calendário oficial de preparação dos Jogos Olímpicos 2008. Na agenda, a Assembleia Geral dos Comités Olímpicos mundiais, reuniões de trabalho e gestões políticas junto à Comissão Tripartida do Comité Olímpico Internacional - COI.
“Considerando que os demais países de África estão a participar nas competições internacionais, para obter a qualificação de seus atletas em diversas modalidades do atletismo, são grandes as possibilidades da Comissão Tripartida conceder dois novos convites ‘Wild Card’ a Cabo Verde, destinados ao maratonista Nelson Cruz, detentor da medalha de ouro nos Jogos de Macau, e outro para a velocista Lenira Santos nos 200 e 400 metros livres”, afirma Franklin Palma.
Zeferino, uma referência olímpica
Já o maratonista António Carlos Zeferino (foto) estará em Pequim a usar a sua experiência de ter representado Cabo Verde nas olimpíadas de Atlanta-1996, Sidney-2000 e Atenas 2004, para apoiar aqueles que estrearão nos Jogos Olímpicos de 2008.
Zeferino integra a delegação a convite do COC. Considerado um atleta exemplar, esse veterano recebeu a função de cuidar das relações entre os atletas e os dirigentes e, sobretudo, fazer a equipa cingir-se às normas de conduta da aldeia olímpica.
“Uma olimpíada”, assegura, “é uma experiência inesquecível. Apenas o facto de se estar ali, entre os melhores atletas do mundo, já é gratificante. Por outro lado, são muitas as regras a se observar: horários, cuidados com os equipamentos, as normas dos alojamentos e as relações com os integrantes não só da própria delegação, como também das de outros países”.
Pela primeira vez os atletas cabo-verdianos terão esse cuidado especial. “Vou trabalhar para que cada atleta se mantenha tranquilo e descontraído. Estar psicologicamente bem para dar o máximo de si. Estar a competir já é uma recompensa”, acrescenta Zeferino.
Mesmo fora da maratona olímpica, António Carlos Zeferino mantém a prática desportiva no seu quotidiano. Além de dedicar-se às corridas de 10 mil metros e à meia-maratona, participando em provas internacionais, desenvolve em Manhense, Barcelos, no norte de Portugal, programas de preparação desportiva de miúdos a partir do 5º ano.
“O mesmo trabalho de preparação de novos atletas que desenvolvo em Portugal é necessário em Cabo Verde, nomeadamente a formação em todos os aspectos para melhorar a performance, mas sem esquecer o aspecto académico”, reforça o entrevistado do LANCE.
Asemana

No comments:

Post a Comment