Ginástica Ritmica pede apoio aos cabo-verdianos

A falta de dinheiro para custear as despesas com passagem e estadia em duas competições internacionais é um dilema que a atleta Wânia Monteiro e sua treinadora Elena Atmacheva esperam resolver com a ajuda dos cabo-verdianos.


A poucos dias do Torneio Internacional de Corbeil-Essonnes, França, que acontece entre 9 e 11 de Maio, a equipa ainda não dispõe de dinheiro para a viagem
“Apesar das malas prontas, ainda não sabemos como pagar as despesas que ficam em torno de mil contos. No próximo dia 5 a Wânia parte de São Paulo e eu deixo a Cabo Verde. Vamos nos encontrar em Corbeil-Essonnes.A participação em eventos internacionais é fundamental, mesmo quando o atleta já tem alguma experiência”, ressalta a treinadora
Da França a atleta cabo-verdiana segue para a Bielorrússia onde disputará a Taça do Mundo, na cidade de Minsk. “Essa etapa é muito importante para nós. Antes da competição haverá um pequeno estágio no qual Wânia será avaliada e nós poderemos atualizar os aspectos técnicos com o apoio de treinadoras formadas em altas competições”, salienta Elena.
Segundo a treinadora as inscrições, que deveriam ser em Março, foram aceites fora do prazo como “uma demonstração de reconhecimento ao esforço empreendido para desenvolver o desporto”. A desistência implicará à Federação de Ginástica Ritmica o pagamento de uma multa no valor de mil euros, por evento.
Estas duas competições fazem parte da programação preparatória da ginasta para representar Cabo Verde nos Jogos Olímpicos de Pequim, China, que acontecerá de 8 a 24 de Agosto.
Com a vaga garantida através de um “Wild Card”, o convite especial da Solidariedade Olímpica, Wânia e sua treinadora garantem que têm os pés no chão e sabem que é preciso um trabalho rigoroso para assegurar boa apresentação. “O objectivo do Comité Olímpico Internacional é garantir a presença de todos os países, especialmente daqueles onde os esportes estão menos desenvolvidos. E nós não vamos em busca de medalhas, queremos levar a imagem de Cabo Verde para o mundo”, conclui.
Asemana