Wednesday, May 14, 2008

Presidente de Solpontense ataca FCF


“Se a Federação Cabo-verdiana de Futebol não tem recursos, que não organize o campeonato nacional”. É desta forma que o presidente do Solpontense, Emanuel Spencer, reage ao facto dos clubes terem de custear as despesas extras de deslocação das equipas. Mário Semedo, presidente da FCF, afirma, entretanto, que desde a primeira hora a Federação assumiu apenas a responsabilidade de custear o transporte das equipas.


O presidente do clube de Solpontense disse ao asemanaonline que o clube até cogitou não participar no campeonato nacional de futebol, devido à insuficiência de verbas para cobrir as despesas extras durante o percurso de Santo Antão a outras ilhas. “Visto que não há conexões directas de Santo Antão a outras ilhas, por vezes, os jogadores passam até dias a aguardar transporte longe do local de residência, e isso envolve custos que a Federação não cobre”, afirma.

Emanuel Spencer presidente do Solpontense
Emanuel Spencer alega que os jogos do campeonato nacional significam “verdadeiros prejuízos” aos clubes de ilhas como Santo Antão porque quando saem para jogar fora da sua região, deixam de poder arrecadar receitas para cobrir os gastos. “Isso tudo coloca clubes como o Solpontense em desvantagem em relação aos concorrentes de São Vicente ou de Praia, que têm maiores receitas quando jogam em casa e podem fazer as devidas compensações”, disse.
Questionado então de onde sairam as verbas para o Solpontense deslocar-se à ilha do Maio no último sábado, Spencer assume que parte do montante necessário para a viagem saiu da empresa Spencer Construções & Imobiliária, Lda e a outra de “pequenas reservas do clube”. Aquele dirigente espera por isso ser ressarcido pela Federação por todas as despesas feitas em consequência desta deslocação e de outras programadas.
Face às críticas do Solpontense, o presidente da FCF, Mário Semedo, é peremptório: «A Federação só vai assumir as despesas com o transporte dos atletas e das equipas técnicas». Tal posicionamento sugere que quem não mobilizar recursos próprios para custear despesas extras terá grande dificuldade em continuar na prova-rainha do futebol cabo-verdiano.
Asemana

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