Tuesday, June 24, 2008

Tó traça cenário do ténis cabo-verdiano

O presidente da Federação Cabo-verdiana de Ténis, Carlos Pereira Santos, Tó, conversou com o asemanaonline para traçar o cenário do ténis no arquipélago. O dirigente falou das novas promessas, do Campeonato Regional da Praia e cobrou mais incentivo para desenvolver o desporto dos “sets” e “games”.


asemanaonline - Qual o balanço que o senhor faz do Regional da Praia?
Tó - O regional de Santiago foi um sucesso. Quase todos os tenistas da Praia participaram do campeonato nas categorias sénior (masculino e feminino), cadete, júnior e juvenil. Tivemos a revelação de vários talentos. Os juniores, por exemplo, mostraram boa técnica dentro dos "courts" e muita competitividade. A boa organização por parte da Associação de Ténis da Praia também deve ser destacada, principalmente a ideia de fazer um sistema de disputa no qual todos os atletas se enfrentaram.
asonline - O senhor disse que a sistema de disputa funcionou. Quais foram os benefícios?
Tó - Este sistema funcionou bem e todos os envolvidos, atletas e dirigentes, o aprovaram. A fórmula permitiu aos atletas jogarem mais, acumularem pontos até a fase final, já que não houve eliminação na primeira ronda.
asonline - Como está o sector feminino?
Tó - O ténis feminino sobe consideravelmente de nível, visto que em Cabo Verde havia alguma dificuldade em manter tal sector. Acredito agora que temos boas tenistas jovens. Isso é resultado de muito sacrifício por parte de pessoas que gostam do desporto. Portanto, tenho que realçar o excelente trabalho feito por Djodjo e sua equipa, aqui na Praia, e Djimba, presidente da Associação Regional de São Vicente. Santo Antão e o Sal também estão progredindo nesse sentido. Precisamos manter este ritmo para consolidarmos um ténis competitivo, masculino e feminino, nas ilhas, apesar das dificuldades que limitam o desenvolvimento do desporto, no geral, aqui.
asonline - O senhor aponta alguma promessa do ténis em Cabo Verde?
Tó - Fiquei impressionado com os tenistas jovens. Por exemplo, o Júnior, que também participou da sub-18, está a desenvolver uma boa técnica de ataque do fundo. O Bruno, com 14 anos, tem uma habilidade impressionante. A Juceila é para mim a melhor jogadora de Cabo Verde neste momento e só tem 14 anos. Todos esses atletas treinam de vez em quando com o Djodjo e muitas vezes sozinhos. Se tivéssemos condições técnicas, materiais e pessoas para os orientar, teríamos excelentes tenistas neste país.
asonline - O que é preciso para fortalecer a modalidade?
Tó - Precisamos realizar muitos torneios durante o ano para que haja maior competitividade. Outra carência é a falta de técnicos profissionais, que dediquem por completo ao treinamento dos atletas. Assim, as competições seriam melhores, ainda mais renhidas. Infelizmente, é complicado fazer um trabalho com estes tenistas promissores, pois as condições são ruins. Incentivo, apoio e uma política de desenvolvimento desportivo são fundamentais em Cabo Verde para que as coisas mudem.
asonline - Já foram escolhidos os nomes dos tenistas sub-16 que vão representar Cabo Verde no Rio de Janeiro, no torneio da CPLP no final de Julho, começo de Agosto?
Tó - Já temos três nomes: Bruno, Júnior e Juceila. Divulgaremos os outros dois em breve.
Asemana

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