Jogos Olímpicos: CABO VERDE DE MALA FEITA PARA PEQUIM

Franklin Palma: “Não sonhamos com medalhas, mas em mostrar Cabo Verde condignamente ao mundo e sensibilizar o Governo de que há necessidade neste momento de mexer na política desportiva”.

Praia, 2 Julho – Cabo Verde já está de malas feitas rumo a Pequim, onde vai defender o estandarte nacional em mais uns Jogos Olímpicos. Com a partida aprazada para 4 de Agosto, a comitiva composta por Vánia Monteiro, Nelson Cruz e Lenira Santos, das modalidades de ginástica rítmica e atletismo, deverá aterrar no aeroporto de Pequim no dia 5, sendo apresentada logo no dia 6 na aldeia olímpica.
Essas informações foram avançadas a Liberal pelo presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano, Franklim Palma que, em princípio, estará na capital chinesa no dia 26 deste mês, para no dia seguinte proceder à inscrição definitiva da delegação cabo-verdiana nos Jogos.
Enquanto o maratonista Nelson Cruz e Lenira Santos, que corre os 200 metros, neste momento prosseguem treinos em Lisboa, a ginasta Vánia Monteiro encontra-se na Praia, onde, com a sua treinadora habitual, lima os performances atléticos até ao embarque.
Em Macau, Cabo Verde já não fará uma etapa de preparação olímpica, conforme perspectivava o protocolo de cooperação. Razões de carácter processual… explicam essa decisão da COC, que não quer perturbar o Macau- palco de estágios de preparação final de vários outros países.
Quanto à prestação de Cabo Verde no que é considerado o mais importante evento desportivo, Franklin Palmas reconhece o fraco “power” dos nossos atletas nos rankings internacional, e continua a ver a participação do desporto cabo-verdiano nos Jogos com a mesma perspectiva da primeira vez: “Não sonhamos com medalhas, apenas queremos mostrar Cabo Verde condignamente ao mundo e sensibilizar o Governo de que há necessidade neste momento de se mexer na política desportiva”, afirma o presidente do COC, convicto das potencialidades dos desportos individuais.
Quanto ao boxe, que até ao último momento fez parte do plano do Comité para os Jogos Olímpicos, fica desta feita fora do comboio. Palma considera que a modalidade se auto-excluiu do projecto, ao abandonar por duas vezes o centro de estágio na Tunísia, não obstante beneficiar de uma bolsa olímpica de preparação, fruto de esforço tremendo por parte do COC
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