Nélson está de pedra e cal no Benfica. O defesa, de origem cabo-verdiana, tem contrato até 2010, situação que só por si impede a saída do lateral sem o consentimento da SAD do clube da Luz. Estas são, no entanto, duas situações diferentes. Nélson tem uma dívida de gratidão para com o clube que vai contar na reflexão do defesa quando ponderar uma nova etapa num campeonato mais competitivo.
Em 2006, a 10 de Junho, dia do aniversário de Nélson, Bernardino, assim se chama o progenitor do futebolista do Benfica, sofreu uma queda em Cabo Verde que lhe provocou um sério traumatismo na coluna vertebral. O Benfica foi preponderante no auxílio ao pai de Nélson. Não só ajudou na procura dos melhores médicos como ainda comparticipou financeiramente as despesas clínicas do senhor Bernardino, que foi operado duas vezes no Hospital de Santa Maria, tendo cumprido mais seis meses de recuperação no Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão.
"O Benfica comparticipou a recuperação do pai dele e não foi uma quantia tão baixa como isso", assegurou ao DN uma fonte próxima do futebolista.
Este facto pesa na ligação afectiva de Nélson ao Benfica - clube pelo qual o pai torce fanaticamente. E mesmo que surja uma proposta interessante, como a do Aston Villa no último Verão, Nélson, pelos factores referidos anteriormente, vai deixar o seu futuro nas mãos do Benfica.
Quanto a uma possível revisão salarial, o DN sabe que não foi feita qualquer promessa ao jogador no início da temporada, muito embora se saiba que Nélson é, efectivamente, um dos futebolistas mais mal pagos do planteldo Benfica - 12 500 euros/mês.
Mas não será Nélson a solicitar a revisão salarial do contrato que expira em Junho de 2010.
Diário de Notícias
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