Wednesday, November 7, 2007

Cabo Verde procura novo seleccionador

Cabo Verde busca um treinador que conheça bem o futebol cabo-verdiano e saiba entrosar as pedras que já fazem parte da estrutura da selecção nacional. Estes são em grandes linhas os requisitos avançados esta semana pelo presidente da Federação Cabo-Verdiana de Futebol, Mário Semedo, e que vão ditar a escolha do novo “mister” do
combinado de todos nós. O brasileiro Ricardo Rocha demitiu-se do cargo no último fim-de-semana e, segundo o Presidente da FCF, Mário Semedo, o término do contrato foi por mútuo acordo. Semedo revelou que foi Ricardo Rocha a colocar o lugar à isposição, e que a FCF limitou-se a aceitar o seu desejo. Quanto a soluções para a sua substituição, Semedo diz ser ainda cedo para uma decisão, mas que o próximo treinador terá de ser alguém que conheça o futebol cabo-verdiano. Em declarações à RCV, Rocha anunciou que vai treinar uma equipa no Japão. E agora que o casamento foi para o “scambau” e o divórcio está assumido, não falta quem venha dizer que já tinha visto que o “negócio não ia dar certo!”, exactamente por se ter escolhido um estrangeiro para ocupar o lugar de seleccionador nacional.
A esse propósito, um dos leitores do asemanaonline diz: “É preciso deixar de reclamar à toa.” Acrescenta que os treinadores cabo-verdianos tiveram a sua oportunidade e nada aconteceu. Um outro leitor diz que os cabo-verdianos
têm de tirar das suas “mentes esse grande mal que não passa de ter medo de trazer estrangeiros.” Para ele, vive-se num mundo globalizado e o país precisa de recrutar estrangeiros, em qualquer área, para ajudar Cabo Verde. Como em futebol todos têm opinião, um dos nossos leitores pergunta: “Porquê ir buscar treinadores estrangeiros
se temos bons treinadores em CV?” Outro afirma que é bom trazer um estrangeiro, para revolucionar o futebol cabo-verdiano. Este lembra ainda que Ricardo Rocha não teve nem tempo nem meios e que um “treinador não é mau por ser estrangeiro nem bom por ser cabo-verdiano”. Explicando a decisão da FCV em escolher um estrangeiro, Mário Semedo diz que havia objectivos a atingir e, apesar dos mesmos não terem sido alcançados, Cabo Verde conseguiu “galgar patamares”. E a contratação de Ricardo Rocha foi um passo importante. Recorde-se que Cabo Verde não conseguiu a qualificação para o CAN 2008, apesar da sua boa prestação perante grandes equipas como a Argélia e Guiné-Conackry.

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