Durante o percurso, os jovens gritavam “Nó kré nôs direit” e “Éche kré robá nós direit” e traziam cartazes com as frases “BAIRRISMO – Somos discriminados e penalizados. Falta de respeito perante futebolistas” e “Juventude merece esta oportunidade”
Mindelo, 25 Novembro - Dezenas de jovens da zona da Bele Vista marcharam pacificamente na quinta-feira pelas ruas de Mindelo. Eles protestavam contra a decisão da Associação de Futebol de S. Vicente de não aceitar o clube Juventude como membro ordinário e assim poder disputar o recém criado Campeonato da 2ª Divisão Regional.
Durante o percurso, os jovens gritavam “Nó kré nôs direit” e “Éche kré robá nós direit” e traziam cartazes com as frases “BAIRRISMO – Somos discriminados e penalizados. Falta de respeito perante futebolistas” e “Juventude merece esta oportunidade”.
No final do protesto, o vice-presidente do Juventude, Manuel Brito, tinha o sentimento de ter atingido o objectivo que era mostrar ao povo de São Vicente o descontentamento pela decisão de tê-los deixado de fora. Brito entende que têm todo o direito de disputar o 2º escalão. “Somos oficiais, temos um projecto para construir a nossa sede e o Governo já financiou parte desse nosso projecto”, disse ele.
Segundo Brito, a exclusão é uma falta de respeito para a Bela Vista, uma zona histórica do futebol da ilha e do País. O dirigente lembra que cerca de 60% dos jogadores do Amarante, campeão nacional em 1999, passaram pelo Juventude e que actualmente três dos seu atletas jogam no exterior. O internacional Nando (Quatar), Jerry (Tunísia) e Renato (Portugal).
Casos de indisciplina foram os principais motivos que ditaram a não aceitação do Juventude como clube federado. O atleta Jandir Neves (Nha Boi) não aceita isso como motivo para deixá-los de fora, considera-o um acto de discriminação e adianta que não podem pagar por um acto que não cometeram. Segundo ele, o treinador (Dó), que cometeu o acto de indisciplina, já pagou pelo seu erro: foi castigado pela Associação e pelo clube que não concordou com o a atitude negativa do técnico. Também ele não entende por que um acto cometido nos escalões de base possa prejudicar o escalão sénior.
Neves também estava indignado com a policia. “Pedimos polícia de trânsito e mandaram polícia de choque - isso demosntra que somos marginalizados. A manifestação era pacífica”, “o que fazemos de bom não conta”, lamenta o jovem atleta.
MF
Monday, November 26, 2007
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