Santiago Sul: Clubes demarcam-se de um alegado esquema de corrupção na arbitragem

O Sporting, a Académica e o Boavista demarcaram-se das denúncias de um alegado esquema de corrupção na arbitragem em Santiago Sul. Os clubes apoiam a iniciativa do Conselho de Arbitragem da Associação Regional de Futebol de abrir um inquérito para apurar a verdade e mostram-se disponibilidade para colaborar com as investigações. E é bom realçar que nesta altura não há culpados nem inocentes, mesmo porque só as investigações estão numa fase inicial e todos os clubes que disputam o título regional vão ser ouvidos neste inquérito.
A edição do Lance desta sexta-feira trouxe um texto sobre este assunto que poderá induzir os nossos leitores a pensar que o Boavista seria o principal visado nesse inquérito sobre um alegado esquema de corrupção na arbitragem em Santiago Sul. Na verdade, o processo investigativo está na sua fase inicial e não há ainda nada a apontar para culpados ou inocentes.
Nesta altura, o Conselho de Arbitragem da Associação Regional de Futebol quer apurar a verdade sobre algumas suspeições que vieram a público sobre um alegado esquema de corrupção na arbitragem nessa região desportiva. Assim, o referido Conselho lançou um repto para que os clubes viessem publicamente distanciar-se das suspeitas.
O primeiro clube a reagir foi o Sporting. Num comunicado enviado à imprensa, os tetracampeões nacionais dizem apoiar “de forma incondicional”, a decisão do Conselho Regional de Arbitragem de Santiago Sul de instaurar um inquérito para se apurar um alegado esquema de corrupção na arbitragem no regional de futebol. Numa nota assinada pelo presidente Rui Évora, o Sporting entende que “havendo denúncias e indícios de um alegado esquema de corrupção, há que tomar uma posição firme e categórica em relação a qualquer tentativa de suborno e inversão da verdade desportiva”.
No mesmo comunicado, o Sporting entende que “há uma necessidade imperiosa de salvaguardar a dignidade e o bom nome dos agentes desportivos, assim como o prestígio e a imagem do nosso futebol”.
A reacção da Académica também não se fez esperar. Contactado pelo LANCE, o presidente da direcção, Júlio César Tomar, demarca-se das suspeições e, por isso, considera pertinente a abertura do inquérito. Até porque, “a Académica pactua pela defesa da verdade desportiva, esperando o mesmo dos outros clubes”, expressa Júlio César Tomar. Por outro lado, aquele dirigente assegura que “a Académica vai continuar como vigilante e observador no apoio aos órgãos competentes no apuramento da verdade”.
Entretanto, Júlio César Tomar considera que se as suspeitas de corrupção se confirmarem será “muito mau para o futebol de Santiago e de Cabo Verde, em geral”.
Na mesma linha, o presidente do Boavista, Luís Semedo, entende que se deve fazer uma “investigação de fundo, com muita seriedade e o mais urgente possível” para se apurar a verdade dos factos num desporto que se quer limpo, tanto dentro como fora do campo.
Ou seja, todos os três clubes que estão na luta pelo título regional em Santiago Sul querem esclarecer o assunto, para não manchar a imagem do futebol na maior região desportiva do país. Todos mostraram-se disponíveis a colaborar com os investigadores, pois os seus dirigentes dizem não terem nada a esconder.
Assim sendo, pedimos desculpas se o texto publicado na edição do Lance nesta sexta-feira sugeriu outras leituras.
Asemana


http://www.criolosports.com/