“Há mais de um mês que conseguimos acertar, com algumas instituições financeiras, o salário de João de Deus. Não é depois deste jogo com Portugal”, explica o presidente federativo, Mário Semedo, considerando que a instituição que dirige tem apostado na criação destas parcerias com os privados.
Ainda assim, foi lacónico ao ressalvar que a selecção nacional representa o país, pelo que considera ser fundamental que o Estado assuma em boa parte as actividades da selecção.
“Infelizmente, muitas vezes as pessoas não compreendem… nós constatamos – todo o mundo constata – que há necessidade de um maior financiamento das actividades do futebol e do desporto em Cabo Verde”, enfatiza o líder da federação nacional da modalidade, acrescentando que se trata de uma condição fundamental para uma selecção que, a seu ver, tem projectos consistentes, bem trabalhados e bem fundamentados.
É que para Semedo, o desporto, particularmente o futebol, não se vai a lado algum sem recursos financeiros.
“Conhecemos a realidade das outras selecções. Não queremos as mesmas condições, porque não as temos, mas que sejam melhoradas as condições com as quais trabalhamos neste momento”, reivindicou.
A permanência do português João de Deus na selecção nacional esteve durante muito tempo em dúvida, uma vez que esteve sem salário durante cerca de 10 meses, face ao não cumprimento da empresa patrocinadora para com o vencimento da equipa técnica na FCF.
SR
Inforpress/Fim
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