Áurea Mendes, 19 anos, é uma das cinco basquetebolistas que partiram para Portugal, no âmbito de um protocolo de desenvolvimento e fomento do basquetebol feminino assinado em 2004 entre as Escolas Amibasket de Cabo Verde e o Colégio Calvão de Aveiro.
O protocolo tem dado muitos frutos e as jovens basquetebolistas – Áurea Mendes, Yamily Hernandez, Jennifer Monteiro, Amisia Serruto e Wendy Mara – têm mostrado as suas qualidades basquetebolísticas em terras lusas ao serviço da sua equipa e também das selecções de formação de Portugal.
Inclusive, desde 2004, quando começaram a chegar em Portugal, já levaram o Colégio Calvão a conquistar os títulos de campeões nacionais de juvenil e júnior. Factores suficientes para despertarem o interesse dos clubes seniores da mesma região e também da selecção de Portugal.
Cabo Verde precisa “agarrar” as atletas
Francisco Romero, treinador da equipa de basquetebol do Bairro e um dos mais experientes da modalidade a nível nacional, tem acompanhado desde o princípio a carreira destas jovens basquetebolistas e reconhece nelas grande potencial para a selecção nacional num futuro próximo.
Por isso, o técnico deixa o alerta para que o governo dê uma atenção especial às atletas para que possam representar o nosso país nos escalões seniores nos próximos tempos. “Seria uma grande perda para o basquetebol cabo-verdiano se as meninas jogassem por outro país. Pois têm representado os escalões de formação em Portugal, mas podem representar Cabo Verde no escalão sénior”.
Neste sentido, Romero considera que o governo deveria “agarrar” as atletas para garantir o futuro do basquetebol feminino em Cabo Verde, pois, informa, Portugal já está a “mexer os seus pauzinhos” para conseguir os serviços das promessas do basquetebol cabo-verdiano.
RP
Asemana
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