Nas vésperas da sua boda, o internacional Rodrigo Mascarenhas recusou o convite do treinador nigeriano Alex Musola para integrar a selecção de basquetebol de Cabo Verde que vai disputar, no Senegal, os jogos de qualificação para o Afrobasket 2011. Mascarenhas mostra-se indignado pelo facto de ter recebido a convocatória no dia 12 de Julho, a quatro semanas do início da competição, ao contrário de outros colegas que, segundo diz, foram contactados há coisa de três a quatro meses.
“Isto não é normal, revela falta de organização. Desejo a maior sorte do mundo aos rapazes, mas não posso aceitar que as coisas sejam feitas desta maneira porque tenho a minha vida particular”, reage o atleta, que se encontra de férias em S. Vicente, onde irá trocar alianças com uma angolana.
Além de Mascarenhas, correm rumores de que outros jogadores já declinaram o convite para participar nos jogos de qualificação para o “Afro”, entre eles o extremo Marito e o distribuidor Jefferson Gomes, pelos mesmos motivos. A ser verdade, o combinado nacional fica desprovido de pelo menos três jogadores nucleares, colocando-se em causa a capacidade de resposta de Cabo Verde perante as suas adversárias do Senegal, Mali e de outras equipas da costa oeste africana. Colocado frente a esse cenário, Mascarenhas reconhece que a equipa poderá sofrer uma quebra competitiva assinalável, ficando desprovida de soluções no banco, mas mostra-se relutante na sua decisão.
Neste momento, Rodrigo quer centrar a sua atenção no casamento, na recuperação de um joelho que lesionou na época que já terminou e ganhar forças para enfrentar os desafios que irá encontrar no Benfica, na próxima temporada. Já no mês de Setembro regressa a Portugal para iniciar a sua nova fase de competições, agora com as cores do clube da Águia ao peito. Após três anos como atleta do 1º de Agosto de Angola, tendo ganho onze títulos em doze possíveis, o basquetebolista diz que regressou à Europa à procura de uma nova motivação, agora no clube bi-campeão nacional de Portugal.
“Pretendo encerrar a minha carreira daqui a três quatro anos. Se nessa altura sentir que posso continuar, poderei jogar mais um ano. Gostaria de poder competir nas Ligas de Espanha, Itália ou da França antes de fechar este ciclo profissional”, salienta Mascarenhas, que já pensa em fazer uma formação de dirigente, ou de treinador, com o objectivo de vir ajudar o desenvolvimento do basquetebol cabo-verdiano. Ele que foi nomeado este ano para o cinco ideal da Liga dos Campeões Africanos.
Apesar das tentativas, foi impossível abordar o presidente da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol sobre a questão levantada por Rodrigo Mascarenhas em torno da selecção nacional.
KzB
Asemana
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Monday, July 19, 2010
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