Kay sonha em jogar na selecção de Cabo Verde

O futebolista cabo-verdiano, Kay, a jogar actualmente, na equipa de Operário da ilha de São Miguel, nos Açores, sonha em atingir patamares superiores e chegar à selecção de Cabo Verde. A estabilidade que o Operário oferece permite-lhe pensar num futuro risonho.

Kay, defesa-central de apenas 22 anos, vem despontando para a ribalta na Lagoa, ilha de São Miguel, depois de três épocas no futebol sénior a tentar encontrar uma base segura para se lançar numa empreitada, que tem como expoente máximo o desejo de chegar o mais longe possível.

Natural da ilha de São Vicente, Kay tinha apenas 12 anos quando viajou para Portugal, onde começou a jogar nas camadas jovens do Benfica, clube onde permaneceu até aos 16 anos. Os dois anos como júnior foram cumpridos na Académica e a estreia no futebol sénior com a camisola do Tourizense.

Seguiu-se a vontade de experimentar o futebol inglês, no Hide United, sem o sucesso desejado, regressando a Portugal pelas portas do Tabuense e o reingresso no Tourizense. Foi no clube de Touriz que mostrou qualidades que convenceram Francisco Agatão a aconselhar a sua contratação à Direcção do Operário.

Na Lagoa, Kay é um jogador feliz por poder voltar a sonhar. Em declarações à RTP - Açores, o atleta disse: "a ida para o Operário foi muito importante para mim, porque aqui reencontrei o desejo de sonhar e a esperança de um dia chegar mais longe no futebol". Mas, é por etapas que o jovem cabo-verdiano quer alicerçar a reconstituição da carreira, pensando subir um degrau de cada vez.

"As minhas esperanças são de, em termos pessoais, poder contribuir para o sucesso da equipa e, no aspecto colectivo, ajudar o Operário a realizar uma época engraçada", afirma. Palavras de quem já aprendeu com a vida e não quer cometer qualquer precipitação.

O defesa tem consciência que de um bom desempenho ao serviço dos fabris depende a projecção futura. "Esta pode ser a minha época de afirmação no futebol sénior, porque o Operário é o clube que me tem dado mais estabilidade. Dar o salto? Neste momento não penso nisso. Se acontecer algo ficarei contente mas, por agora, o importante é concentrar-me nas minhas funções aqui", salientou.

Evoluir no clube açoriano pode reabrir-lhe as portas da selecção de Cabo Verde, que representou nos escalões de formação até aos sub-21. Chegar à equipa principal é outro sonho a concretizar. "É um sonho e um objectivo", vincou.
22-11-2010, 09:54:14
FS
Expresso Das Ilhas

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