Bairro perde o título para o Seven Stars mas tem olhos no Nacional

A equipa do Bairro que nos dois primeiros jogos não só venceu mas convenceu a todos quantos tiveram a sorte de terem descido até ao Gimno Desportivo Vava Duarte de ter o título nas mãos, ao vencer ao Seven Stars com uma avalanche atacante liderada pelos irmãos, Joel e Ivan, acabou fazendo exactamente o contrario nos três últimos jogos, acabando por perder o título que já o “levava “ as mãos de uma forma inaceitável.
O que se viu nos últimos três jogos, esses todos ganhos pelo Seven, foi a coroação do To como treinador.
O treinador do Seven fez o que os grandes treinadores sempre o fazem. Ele reconheceu, ainda a tempo, já no terceiro jogo, que defender era algo indigesto para os rapazes do Craveiro Lopes.
O poder atacante do Bairro, ancorados pelos irmãos Almeida, a arma ao serviço dos pupilos do jovem treinador Marcos, foi totalmente neutralizada, quase que totalmente, diria eu, quando o To, isso depois de o Bairro ter exibido uma dominância total nas suas duas vitórias desta fase final, numa leitura de jogo reservada só aos grandes treinadores mudou a táctica do jogo para uma postura defensiva em que o perímetro, na zona dos 18 metros para dentro foi congestionada obrigando o ataque do Bairro a fazer lançamentos que não queriam.
No ataque o Seven começou também a rodar a bola melhor , sempre jogando com o relógio ao mesmo tempo que o To fazia as substituições necessárias para manter a equipa fresca.
Pois é, conforme o título sugere esta foi uma final que o Bairro perdeu porque recusou-se a defender optando pelo ataque apenas.
Do outro lado, a partir do terceiro jogo, vimos um Seven que começou a jogar zona, de vez em quando o To mudava o seu esquema defensivo, fazendo alternância entra a pressão na linha da bola, logo para depois mudar para a defesa de zona; é aqui que dou ao To todo o credito - alias, é isso o que define os grandes treinadores ,por ter lido o jogo bem e conseguido adaptar o seu esquema defensivo a ponto de dar a volta a eliminatória.

No entanto, uma vez mais ficam aqui duas notas:
1-O Bairro tem que entender que nos playoffs, normalmente ganha quem comprometer-se verdadeiramente a defender, é dela que o ataque se alimenta.
Esse tem que ser um compromisso que deve ser treinado e ensaiado nos treinos com rigor porque é a chave do sucesso nas Nacionais. Acredito que esta equipa do Bairro, com o Ivan e o Joel, pode perfeitamente ganhar o campeonato Nacional que começa já no dia 31 , mas para tal acontecer o Marcos tem que treinar a sua equipa vários esquemas defensivos, obrigando e fazendo os seus pupilos entenderem que ninguém ganha um campeonato Nacional sem defender bem, ai e que esta o segredo, porque ataque, com os Almeidas, não é o problema do Bairro, o problema é a defesa.

2-A arbitragem continua a ser muito em baixo da média: os árbitros não marcam “quase que” nenhum contacto, muitas falta por serem marcadas porque os árbitros continuam a deixar que os contactos físicos com o intuito de forçar o jogador na posse da bola do seu centro de equilíbrio aconteçam; os bloqueios ilegais ao jogador sem a posse da bola não são marcados, os três segundos raramente são marcados.
Há que fazer os árbitros entender que o que se esta jogando agora e a fase final do campeonato e de maneira nenhuma se pode permitir que faltas não sejam marcadas (foram muitas mesmo, pelos dois lados, dai a arbitragem não ter influenciado o resultado ) porque o apito, 3 apitos neste caso, são para serem apitados, enfim, á que se preparar os árbitros para essas finais de grande responsabilidade.

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