Com apenas 20 anos, o avançado assinou um compromisso de longa duração (cinco épocas), mas o mais certo é que a ligação termine antes do seu "terminus", em função de mais uma transferência milionária, na esteira de outras que fazem dos minhotos um clube modelar no mundo dos negócios. Por aí não será grande novidade; o que é realmente admirável no caso de Zé Luís é o facto ser o jogador arsenalista com a maior cláusula de rescisão: 15 milhões de euros. O transmontano Pizzi, outra maravilha do universo bracarense que encantou durante o empréstimo ao Paços de Ferreira, é o único a rivalizar com Zé Luís na questão do preço (também só é negociável a partir de 15 milhões, como O JOGO já contou), mas esse valor não está explícito no contrato, ao invés do que se verifica com o cabo-verdiano.
A extraordinária história de Zé Luís não tem mais do que dois anos. Chegou com o rótulo de jovem promessa oriundo do Batuque, juntamente com outros dois compatriotas, e precisava de algum tempo para se adaptar ao futebol português e às tácticas. "Não tinha, por exemplo, grande noção de posicionamento em campo", recordou António Fiusa, o presidente do clube gilista, embora ressalvando que o actual craque do Braga já tinha impressionado em dois jogos que realizou em Lisboa, ao serviço dos sub-20 de Cabo Verde.
"Já tínhamos boas referências dele e tirámos logo as dúvidas", comentou. A verdade é que o tal compasso de espera voou, tal era a qualidade do atacante. Na mesma época em que foi conduzido para os juniores, estreou-se pela equipa profissional contra o Chaves e, frente ao líder Beira-Mar, só precisou de 15 minutos em campo para marcar um golo, oferecendo ao Gil um precioso empate (1-1). Em cinco jogos, marcou quatro golos; já na época passada marcou dez ao cabo de 22 partidas da Liga Orangina. Só falta saber quanto tempo faltará para esta valiosa bomba rebentar na Pedreira.
O JOGO
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