Wednesday, November 14, 2007

Basquetebol em Santiago Sul - Época 2007/2008 Associação aposta na formação das camadas jovens


O torneio de abertura da época basquetebolística 2007/2008 em Santiago Sul tem agora nome de um craque: Taça Djonny.
De seu nome próprio João Timas, além de ser o melhor base de sempre do basquetebol nacional, o primeiro basquetebolista
cabo-verdiano eleito melhor atleta do Torneio Zona II e campeão regional e nacional por diversas vezes ao serviço do Seven
Stars nos anos 80 e 90, Djonny foi o fundador da escola de mini-basket do Prédio. Daí que, considera Nuno Levy, presidente
da ARBSS, “a homenagem é mais do que justa”. Para homenagear esse grande atleta, que continua a dar o seu contributo para
o basquetebol cabo-verdiano – Djonny fez parte da equipa técnica da selecção sénior masculino liderada por Emanuel Trovoada
que conquistou a medalha de bronze no Afrobasket Angola 2007 – sete clubes vão mostrar o que valem até as vésperas do
Natal: ABC, campeão em título, Prédio, Escola Amor de Deus, Escola de Ensino Básico e Secundário de Assomada, Órgãos,
Achada Grande e Bairro. De fora fica o Seven Stars que, segundo Nuno Levy, informou a ARBSS que não está em condições de competir neste momento.
“Mas o Seven Stars e, provavelmente, Lém-Cachorro e Lém Ferreira, estarão prontos para o campeonato”, explica o presidente da ARBSS que, nestes
dias da Taça Djonny prevê a presença dentro do campo de dezenas de atletas masculinos (sub-16, sub-18, sub-20 e sénior) e femininas (sub-20 e sénior). Todos contra
todos, leva o troféu para casa a equipa que obter mais vitórias. “Esperamos ver muito público no Gimno Desportivo”, apela Nuno Levy, para quem o basquetebol de Santiago Sul
tem vindo a perder assistência em consequência da concentração dos jogos no Polidesportivo Vavá Duarte. “Antes, os polivalentes dos bairros da Praia também
acolhiam competições, o que atraía muitos moradores dessas zonas. Mas, a partir do momento em que as competições se concentraram no Polidesportivo
Vavá Duarte, o basquetebol começou a perder público e visibilidade. Só recentemente, com a conquista da medalha de bronze no Afrobasket Angola 2007,
é que as pessoas voltaram a olhar com entusiasmo para o basquetebol”, afirma o presidente da ARBSS. Para o órgão que gere o basquetebol
em Santiago Sul o “remédio” para este problema é um só: devolver a modalidade aos polivalentes da capital. Ou seja, este ano, além do Polidesportivo Vavá Duarte,
o campeonato regional de basquetebol de Santiago Sul, que acontecerá entre Janeiro e Maio de 2008, também vai ser jogado nos polivalentes da Praia. Para concretizar
este objectivo, a ARBSS já conta com o apoio de duas empresas: a Loide Engenharia, que financiou a iluminação do Polivalente do Bairro Craveiro Lopes, e as
Páginas Amarelas. Aposta no mini-basket e basket juvenil Mas, ao estabelecer parcerias com empresas da cidade para recuperar os polivalentes
da Praia, nomeadamente o de Lém-Ferreira, a ARBSS tem também outro alvo em vista - fomentar o nascimento de novas equipas de basquetebol através da
realização de provas juvenis nesses mesmos polivalentes e de actividades de street basket. De acordo com Nuno Levy, “o período de ouro do basquetebol da Praia deveuse
principalmente à sua prática nos polivalentes dos bairros por adolescentes ávidos de desporto. A cidade cresceu e está a crescer cada vez mais e a Associação
de Basquetebol quer agora fomentar o nascimento de novas equipas de basquetebol indo realizar provas juvenis nos bairros”. A razão é simples, diz o presidente da ARBSS: “é o basquetebol
juvenil que sustenta a modalidade. Os seniores vão envelhecendo e deixando o desporto e os lugares vagos deixados por eles só podem ser ocupados pelos juvenis”.
Além disso, alega Nuno Levy, “Cabo Verde precisa começar a participar nas competições internacionais e regionais dos escalões mais jovens. Como vamos
fazer isso se não temos equipas e selecção juvenis?”. Paralelamente, a ARBSS vai incentivar quinzenalmente a prática do mini-basket através de actividades lúdicas e educativas
nas ruas da Praia, Assomada e Órgãos, em parceria com as escolas da modalidade de cada região. A estreia é no domingo, 11 de Novembro, Dia do Desporto Cabo-Verdiano,
na Avenida Cidade de Lisboa (junto ao Palácio do Governo). Tomarão parte nesse evento, além das escolas Amibasket, Caçulinhas, Amor de Deus, Órgãos, ABC e
S. Domingos, uma equipa de basquetebol em cadeiras de rodas. “Queremos mostrar aos deficientes e não só que eles também podem praticar basquetebol”,
afiança. Recursos humanos: o grande handicap Para concretizar o programa acima explanado, do qual faz ainda parte a Taça 150 anos do Município da Praia, a ARBSS
enfrenta algumas dificuldades porque, afirma Nuno Levy, “temos falta de recursos. Não há árbitros, nem massagistas e nem treinadores em quantidade. Por
exemplo, Zé Angolano e Marcos Moreira são treinadores de todos os escalões do Prédio e do ABC”. A este handicap junta-se outro: a falta de meios financeiros. De acordo com Nuno
Levy, “a ARBSS está a fazer parcerias com os privados, pois as actividades
que realizamos têm custos. Temos que pagar os árbitros, os campos e outros itens. São despesas que não conseguimos suportar sozinhos, por isso tínhamos
esperança no apoio da Direcção Geral dos Desportos e da Federação Cabo-Verdiana de Basquetebol. Afinal, o basquetebol da Praia é aquele que fornece
mais atletas à selecção, mas nada conseguimos”. O que já não é problema, segundo Nuno Levy, é a indisciplina. “No último ano, não tivemos nenhuma ocorrência
de indisciplina no basquetebol em Santiago Sul”, assevera o presidente da ARBSS. Para essa estatística contribuiu a parceria que a ARBSS estabeleceu
com a Polícia Nacional. “Os agentes da PN estiveram presentes em todos os jogos, o que, até certo ponto, reprimiu os ânimos exaltados e assim atletas,
públicos e dirigentes estiveram sempre em segurança”.
Lance

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