
O Étoile Sahel, com o avançado cabo-verdiano Gilson Silva a titular, recebeu no sábado em Sousse, na Tunísia, e empatou (0-0) com o Al-Ahly do Egipto na primeira mão da final da Taça dos Campeões Africanos. Num jogo sem golos, e com a lotação esgotada no Stade Olympique de Sousse, os tunisinos orientados pelo francês Bertrand Marchan, acabaram o jogo reduzidos a dez unidades por expulsão de Mehdi Meriah aos 80 minutos.
Gilson Silva esteve muito activo no ataque abrindo as hostilidades aos 8' rematando por cima da barra a 25 metros da baliza de Hadhari. Aos 41' rematou forte mas à barra e aos 53' perde um golo fácil aoa cabecear após belo passe do nigeriano Muri Ogunbiyi.
«Temos de ganhar. É complicado no plano teórico, mas temos a vantagem de jogar em casa com o nosso público que é apaixonado e vibrante. Vamos ganhar», diz Manuel José confiante em declarações ao Maisfutebol, para de seguida criticar o árbitro que apitou na Tunísia: «Poderíamos ter ganho, mas a actuação do árbitro prejudicou a nossa participação. A arbitragem é uma das manchas do futebol africano. Um jogador nosso sofreu dois penalties que não foram assinalados e ainda foi prejudicado com um cartão amarelo.»
Manuel José considera que a equipa ficou privada de jogadores devido à amostragem de cartões amarelos, sendo que o técnico português relata ainda que existiu uma falta de um jogador do clube tunisino que merecia a amostragem de cartão vermelho. «A actuação do árbitro influenciou o resultado e os meus jogadores», declara.
O treinador português espera uma arbitragem diferente no jogo da segunda-mão, no dia 9 de Novembro, no Cairo: «O árbitro do primeiro jogo era dos Camarões, da África negra, e em nossa casa será um árbitro de Marrocos, de expressão árabe e francesa. Todos esses factores têm um peso negativo e muita gente já viu no futebol africano muita coisa que desvirtua os resultados.»
Mas a é a arbitragem o principal problema do futebol em África? «Os problemas de África são muitos. As viagens são muito longas e como o nosso campeonato também é muito competitivo temos um tempo de recuperação diminuto entre os jogos. A arbitragem é outros dos problemas e quando jogamos fora de casa normalmente é assim: para além de nos preocuparmos com o adversário temos ainda de nos preocupar com o árbitro.»
Com um sentimento de «revolta», Manuel José acredita, no entanto, que o Al-Ahly vai vencer o Étoile du Sahel e conquistar a Liga dos Campeões Africanos pela quarta vez: «Pretendemos jogar bem e ganhar. Nós conseguimos o que nenhum clube tinha alcançado ao vencermos por três vezes a Liga dos Campeões (o Al-Ahly já tinha conquistado duas vezes antes a Taça dos Clubes Campeões Africanos). Este ano podemos conquistar esta prova pela quarta vez o que a confirmar-se poderá ser um feito que dure muito tempo. Estar em três anos no Mundial de Clubes não é fácil e por isso este é um momento histórico na vida do clube. Por tudo isto a motivação no grupo é muito grande e só pensamos em ganhar.»
O Al-Ahly procura ser o primeiro clube com seis títulos de campeão africano e o seu treinador português procura vencer esta competição pela quarta vez na sua carreira
O jogo da segunda-mão está marcado para 9 de Novembro no Cairo. As equipas iam jogar no Estádio Militar, que tem capacidade para 25 mil pessoas, mas o Al-Ahly mudou o palco da partida para o Estádio Internacional do Cairo, que tem 55 mil lugares.
O Estádio Internacional é o habitual palco dos jogos do Al-Ahly, mas o local da partida tinha sido mudado devido à cerimónia de abertura dos jogos Pan-Arábicos. Os dirigentes do clube conseguiram, no entanto, devolver o encontro ao seu palco original, dada à imensa procura de bilhetes.
ÉTOILE SAHEL 0-0 AL-AHLY
1ª mão da final da Liga dos Campeões Africanos
Stade Olympique de Sousse
Assistência: 25 000
Arbitragem: Evehe Divine; Menkouande Evarist e Jean-Marie Endeng Zogo (Camarões)
ÉTOILE SAHEL
Mathlouthi, Ben Frej, Meriah, Ghezal, Felhi, Narry, Traoui (Bukari 65’), Nafkha, Ogunbiyi (Bejaoui 84’), Gilson Silva, Chermiti.
AL-AHLY
Hadhari, Chady, Nahhas, Sayed, Jomaâ, Chater (Hosni 92’), Boujelbène, Achour, Abou Trika (Esseddik 90’), Baraket, Flavio (Metaâb 84’).
Amarelos
Étoile Sahel: Chermiti (23’), Traoui (38’), Ghezal (71’)
Al-Ahly: Sayed (11’), Baraket (18’), Flavio (83’)
Expulsões
Étoile Sahel: Meriah (84’)
Al-Ahly: -
Com informações do MaisFutebol e Record
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