Monday, March 3, 2008
Finalmente Liga crioula!
É com esta exclamação que se pode anunciar a tão sonhada Liga Caboverdiana de Futebol, nos Estados Unidos. Tanto importa que seja NELASA ou NECASA.
Desde sempre, grandes talentos do futebol caboverdiano têm contribuido para a evolução do futebol praticado nesta região de Nova Inglaterra.
Desde os mais antigos como Manecas Almeida, Carlos Medina, Djandjan, Di Stefano, Laranjeira, Nelo, Soma, entre outros, passando por um Nelo Tambarina, Nelo Sança, Valdir Fernandes, Zéma, Tói Best, até à mais recente geração de futebolistas como Zico Veiga, Rafael, Erickson, Fidalgo, Brandão, João di Lelé etc, o jogador caboverdiano passeou sua classe e lançou perfume do futebol crioulo pelos relvados locais.
Quase todos esses craques passaram pelas mais conceituadas ligas de futebol local como a CISA, LASA, NESA, mais tarde a fusão destas últimas numa só: NELASA (New England Luso American Soccer Association).
Alguns desses futebolistas tiveram o privilégio(sim privilégio) de jogar no período áureo da LASA, defrontando Chalana, Euricos, Frasco, Alhinho, ainda João Pinto, Liedson e companhia, em digressão pelas Américas.
Com o advento da aceleração da emigração caboverdiana para este país, a nova forja de craques caboverdiana, continua a produzir talentos indiscutíveis a cada ano que passa, em contrapartida com a congénere açoriana cuja emigração diminuiu de forma drástica.
Por consequência, começou a registar um declíneo da contribuição, no futebol local, desta comunidade portuguesa mais experiente e mais próspera economicamente. As conhecidas casas comerciais começaram por se desinteressar. Os clubes, apesar de manterem casa cheia, com a transmissão dos jogos pela TV, e outras actividades igualmente lucrativas, mudaram em 360 graus, a sua política de apoio ao futebol local, no qual não se pontificava algum craque ou parente vindos daquele arquipélago açoriano.
Grandes equipas como a Académica de Fall River, (subsidiada por um bar-restaurante com o mesmo nome), o Taunton Sports, o Taunton Eagles, o Hudson Benfica, o Faialense de Cambridge, o Luis de Camões de Stoughton, por exemplo, deixaram de investir na aquisição de novos craques, que eram compensados financeiramente por cada jogo que faziam.
Fala-se de jogadores que recebiam cerca de 600 dólares por semana. Pela LASA já passaram nomes como Eusébio e Simões, e alguns craques brasileiros, até ingleses e dinamarqueses.
Recordamos que no seu único título até então conquistado, quase nos finais dos anos 90, o Taunton Sports terá investido mais de 20 mil dólares no futebol, contando no seu plantel, com jogadores como Paulo dos Santos (ainda profissional no Aalesund da Noruega), Magdaleno, Quinito, Admilson, Jair, Valdir Fernandes, o dinamarquês Bjorsen, etc.
Novos tempos trouxeram inovações. A primeira mudança na LASA, foi a admissão em 96, após uma renhida Assembleia Geral, da equipa do Dínamo da Brava, encabeçada por John Gonçalves e Jack Galvão, nos quadros lasarianos. Os “bravenses”começaram a rivalizar, já no primeiro ano com as então ponderosas equipas da Académica de Fall River dos irmãos Medina, São Miguel, Taunton Sports entre outras.
Mais tarde, o Emigrantes FC de Brockton, uma das mais antigas agremiações locais, resolveu mudar de ares, ou seja deixando a NESA, onde conquistou tudo o que havia para conquistar, para a mais competitiva liga da LASA, discutindo o título com o seu rival de Brockton, Fidjus Terra que tinha feito sua estreia, anos antes, na CISA de Fall River, com sucesso, diga-se de passagem.
Essas equipas caboverdianas a que se juntaram paulatinamente outras como Juventude de Pawtucket, Tabanca e Nôs Bandera de Boston, foram assumindo protagonismo dentro de uma liga que, aos poucos, de português propriamente dito, só tinha a Direcção.
A LASA e posteriomente a NELASA, foram resistindo ao prognóstico da sua anunciada morte, vivendo numa agonia que não tinha nada a ver com aquela vivacidade e fogosidade de outros tempos. Foi-se sobrevivendo com uma Direcção incansável que coordenava talentos do futebol crioulo.
Essa forma de convívio desportivo, manteve-se até à época transacta, com 15 equipas caboverdianas e uma angolana (formada na sua maioria, por descendentes de caboverdianos.
Estava lançado o mote, para uma tão sonhada liga caboverdiana. Foi uma transição suave, sem choques em que os novos dirigentes da NELASA (ainda mantem-se a designação, não há pressa para a NECASA), optaram por assumir as rédeas dessa organização, bebendo-se na experiência (rica), da velha raposa Emídio Raposo, do Madeira Baptista, dos irmãos Arménio, José Soares, e do únicio caboverdiano que integrava a Direcção da NELASA, o árbitro e dirigente José Mendes, irmão do rigoroso homem do apito Víctor Mendes.
Eis que finalmente temos uma liga caboverdiana, com pernas para andar, muito diferente daquela liga que se concebe, quase sempre, no início da época, encima dos joelhos.
Com sede transferida para Brockton, as Direcções presididas pelo jovem Mário “Betinho” Santos, o entusiasta Agostinho “Agas” Brandão, o experiente e disciplinador Teófilo “Didó” Fernandes, o perspicaz Tony “Enivete” Araújo, propõem dar continuidade aos ensinamentos da NELASA, só que com um destino próprio, nas mãos (de dirigentes) e pés (de futebolistas) caboverdianos.
De realçar e saudar, a única presença feminina: Nilsa Monteiro, numa Direcção que conta ainda com profissionais de vários ramos , que com boa vontade, vão fazer a máquina rodar:
Paulo de Carvalho, Manuel Gibau, Carlos “Bibi” Amado, José Mendes, Luis “Kiko” Pires, Djon Ramos, Manuel “Dono” Teixeira, Júlio Pinto, e João “Carlinhos” Barbosa.
Apesar de algumas polémicas à volta dos integrantes, que por acumulação de cargos, desempenham funções nos respectivos clubes, parece haver condições para, uma vez mais se exclamar TEMOS LIGA CRIOULA!
Da agenda constam já:
Dia 14 de Março-Assembleia geral
14 de Abril - Inauguração da nova sede da NELASA na 1147 Main St. Brockton
A nova NELASA arranca nos finais de Abril, com, nada mais, nada menos que 18 equipas, mais duas em relação ao ano anterior, apesar da desistência da Associação angolana e dos Imparáveis que ficou pelo caminho.
Aliança, Boston Boys, Dínamo da Brava, Dja d’Sal, Emigrantes, Fidjus Terra, Juventude, Nôs Bandera, S.Lourenço, Spiga Midju, Strela Negra, Tabanka, Tarrafal, Unidade, e as quarto nóveis formações: Mindelo, Curral Grande, Sporting de Rhode Island e Café de Fogo.
Contrariamente ao que se pensava, a arbitragem é o problema menos bicudo. Aqui, uma vez mais, aproveita-se o material existente e a experiência do dirigente-árbitro José Mendes.
O trio de arbitragem recebe 75 dólares de cada equipa, por cada jogo.
A inscrição na Liga fica por 500 dólares por cada equipa. Todas as equipas devem apresentar um campo devidamente autorizado pelas autoridades municipais.
Cada equipa tem a obrigação de cobrir, com seguro médico, um mínimo de 23 jogadores, pelo valor de 20 dólares cada.
Entre outros planos, perspectiva-se a realização de um campeonato dividido em 2 grupos, à semelhança do que aconteceu na época passada.
Embora os dirigentes ainda não confirmem nenhuma hipótese de um torneio especial de verão, mas já há quem pense na vinda da selecção caboverdiana de futebol, ou do campeão de Cabo Verde ou alguma representatividade que dignifique um evento futebolístico neste outro lado do Atlântico.
Aventa-se, inclusive , a hipótese de o campeão local vir a participar na prova nacional em Cabo Verde.
Por enquanto são apenas conjecturas. Mas que seria giro um Sporting-Tabanka, na Várzea, lá seria. Ou ainda frente ao ASFAR do Marrocos, Kabilye da Argélia, Port Autonome de Dakar, melhor ainda.
Valdir Alves caboverdeonline
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finalmente Valdir dja resolve fala na time criolo,desde que exta existe es futebol local nunca Valdir fala des futebol,certamente e pamodi dja parci algum interesse pessoal,mas nos comunidade e tudo kes Dirigente di nos futebol sabi ma nunca Valdir da nos futebol importancia,a nao ser ki Egas Brandao Presidente di Assembleia Geral cre promove Valdir e ses interesse
ReplyDeletebom trabadju Valdir. Nunca e tardi pa bu envolvi na nos desporto local.
ReplyDeleteum ta bai cu kel opiniao,nunca Valdir da atencao a es futebol,so ki gosi e sabi ma exta interesse de dinheiro e por isso kel cre fala na es futebol,sempre el ignora nos jogadores e nos futebol,el debi fica de fora pamodi nunca el odja um jogo di Nelasa,e el ca gosta de promove cusas local,tudo alguem sabi disso,el e maior contra di nos futebol ki ta existe,maior estupidez ki Dirigente di NELASA podi fazi e paga Valdir pa promovi futebol local,nhos lembra ma e ca gosta di nos futebol e nunca e dal atencao. ami e contra
ReplyDeleteSta bom...Dja sta na ora di kriolos tomaba kel campionatu di NELASA la...Ago e pa troca nomi pa NECASA pmd anos e luso...1 love
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