Dois meninos cabo-verdianos estão em estágio na Academia do Vitória de Guimarães, em Portugal. São irmãos, filhos de Silvino Vaz. São naturais da Praia, ilha de Santiago. Têm em comum o mesmo desejo: ser jogador profissional.
Dany, o mais novo, com 11 anos, depois de pertencer a EPIF, transferiu-se para a Escola Jorge Andrade, de onde viria a surgir a oportunidade de entrar para o Guimarães, em que já é considerado um "património". Dizem que tem um bom pé esquerdo, e que remata muito bem.
Dany: É dedicado e tem um bom pé esquerdo. Só lhe falta a sorte para singrar no futebol internacional quando atingir a idade. Até lá, vai pontapeando a bola com os colegas da Academia do Vitória de Guimarães para agarrar o seu sonho que é ser, um dia, um bom profissional de futebol. Tornou-se agora património do Guimarães e a história nos é contada na terceira pessoa, pelo seu pai Silvino Vaz.
Como qualquer criança, Dany também tem um sonho, o de ser jogador profissional. Conta a história que desde os 3-4 anos que Dany começou a dar os seus primeiros pontapés na bola, tendo-se mostrado interessado, a partir dos 10 anos, em ser, no futuro, um jogador profissional.
Nas terras do seu umbigo, foi-lhe reconhecida a capacidade quando pertencia à escola EPIF, da Praia, em que teve a oportunidade de participar num convívio de futebol em Barcelona/Espanha, em que se lhe aumentou o fascínio pela (possível) futura profissão. De regresso à terra, o pequeno futebolista cabo-verdiano ingressou na escola Jorge Andrade, de onde viria a viajar para Portugal, no passado mês de Outubro, para um teste de captação no Vitória do Guimarães. "É um menino em busca do seu sonho", diz-nos, o pai, Silvino Vaz, orgulhoso do filho e satisfeito por ter conseguido dar o primeiro passo para o futuro de Dany, que, após ter sido aprovado no teste de captação, tornou-se uma das atenções dos dirigentes da escola de formação do Guimarães que tudo quer fazer para melhorar o seu performance. Ele é, a partir de agora, o "património" da equipa portuguesa de futebol. É que segundo nos conta Silvino Vaz, foram efectuados vários contactos em vão com o Benfica e o Sporting, e o Guimarães foi o único a interessar-se pelo miúdo, no primeiro instante. "É um património do Guimarães que lhe está a dar a chance para concretizar o seu sonho", disse.
Garante o pai que o filho Dany, está a adaptar-se "lindamente". Afirma, por outro lado, que o filho, segundo dizem os dirigentes da formação desportiva, tem um "bom" pé esquerdo. "Acredito que venha a ser um belíssimo jogador. Singrar no futebol internacional não é fácil, é preciso muita sorte, mas tenho por mim que o futuro irá pronunciar-se sobre ele. Mostrou-se sempre capaz, é muito dedicado à bola e creio que, com esforço que está a fazer, ele venha a ser um bom profissional no mundo do desporto", anseia.
Costa Vaz, outra herança
Costa Vaz é também filho de Silvino Vaz já a militar na Academia do Guimarães. Tem a mesma ambição: ser um Professional do futebol. É mais velho, seguiu para Portugal primeiro que o mano. É outra herança daquele clube, e vai já no terceiro ano de formação. Os dois irmãos, confessa o pai, "têm o mesmo dom". E a sorte de Dany ter conseguido ingressar na escola do Guimarães deixa tranquilo Silvino, uma vez que juntos poderão abafar a saudade do outro relativamente à distância que os separam da família, em Cabo Verde.
Além de se dedicarem ao futebol, os dois irmãos frequentam os estudos. Todas as despesas são da responsabilidade do Guimarães que, como todas as outras equipas, investe para o fortalecimento dos seus craques.
Silvino Vaz como o primeiro torcedor e um dos adeptos do Guimarães, equipa em que apostaram os filhos, está ansioso e não vê a hora de sentar-se um dia nas bancadas do estádio português para acompanhar os filhos e dizer valeu a pena a escolha dos dois futebolistas que começaram nos campos de "terra batida" de Cabo Verde. Meninos que também ouviram o apito do pai como treinador da equipa do Benfiquinha da Praia.
Expresso das Ilhas
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