Monday, November 2, 2009

Agentes lusos recorrem a Cabo Verde e outros países para obterem licença Fifa

Um interessante artigo do Diário de Notícias mostrou que cada vez mais agentes de jogadores de Portugal estão a fazer o exame ministrado pelas federações de futebol africanas para conseguirem o licença Fifa de forma mais barata e rápida. Assim, conseguem o documento que lhes permite aos empresários intermediarem transferências de atletas em todo o mundo. Cabo Verde figura na lista com dois lusitanos credenciados.

De acordo com o DN, “nos últimos três anos cresceu de forma acentuada a contabilidade dos portugueses que realizaram o exame em África, depois de terem chumbado (alguns mais do que uma vez) no teste ministrado pela Federação de Portuguesa (FPF). São já 13 os agentes com "licença africana".
Porém, a lei desportiva exige que tais agentes vivam nos países onde conseguiram o documento, já que para se submeter ao teste é necessário um certificado de residência - passado pelos serviços da administração interna - a comprovar que o candidato vive no há pelo menos dois anos no respectivo território nacional. “Vivem estes agentes portugueses nesses países?”, questiona o Diário português.
Situação alerta dirigentes da FPF
Outra importante dúvida proposta pelo DN é sobre o conhecimento dos empresários em relação à legislação desportiva portuguesa. Como muitos não tiveram sucesso no exame da FPF - de 2006 a 2008 nenhum candidato foi aprovado - a solução passa a ser África, principalmente em países com pouca expressão no futebol. Portanto, os agentes ficam na obrigação de conhecerem as leis que regem o futebol do país onde prestam a prova, pois 25% das questões são elaboradas pelas federações locais. Os 75% restantes são padronizados e propostos pela Fifa.
A situação tem incomodado a FPF, a Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF) e a muitos empresários que se dedicam a obter o licenciamento sem tais “brechas”. Mas segundo os agentes credenciados no continente africano, a causa para a recorrência é apenas o “preço”. Enquanto o processo em Portugal chega a custar 6.300 euros, na Guiné, por exemplo, ronda os 600.
Para completar, o DN ainda elenca a “geografia da luta" pela licença. “Na lista que figura na Fifa, constam cinco agentes portugueses licenciados na Guiné Bissau. Em São Tomé e Príncipe só há licenciados portugueses (3). O mesmo acontece em Cabo Verde, que credenciou dois. Nos Camarões e Burkina Faso existe um”.
Confira o texto completo em:
http://dn.sapo.pt/desporto/interior.aspx?content_id=1400680#
Asemana


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