O presidente da Federação Cabo-Verdiana de Futebol (FCF), Mário Semedo, admitiu nesta quinta-feira a possibilidade de Cabo Verde ficar fora das eliminatórias africanas e de outras provas organizadas pela FIFA por falta de meios financeiros.
Numa entrevista à Rádio de Cabo Verde (RCV) – citado pela agência Lusa -, Mário Semedo disse ser uma "hipótese segura" que Cabo Verde e os clubes apurados para as provas africanas não compitam nas próximas eliminatórias se a FCF não conseguir os meios financeiros para os jogos, sublinhando tratar-se de uma "regressão" para o futebol cabo-verdiano.
Reagindo às palavras de Mário Semedo, o director-geral dos Desportos cabo-verdiano, Inácio Carvalho, disse "estranhar" estas afirmações do presidente da FCF, tendo garantido que o executivo tem estado sempre a financiar a selecção e os clubes nas competições internacionais.
Inácio Carvalho sublinhou que, "nos termos da lei", o Governo deve custear 30 por cento das despesas referentes à participação das equipas nacionais em provas africanas, acabando, porém, sempre por apoiar com verbas que chegam a ultrapassar os 50 por cento.
Em causa está a não inscrição, para já, por razões financeiras, do Sporting Clube da Praia (campeão) na Liga Africana dos Clubes Campeões e do Boavista Futebol Clube (finalista vencido da Taça) na Taça da Confederação Africana de Futebol (CAF).
Segundo Mário Semedo, Cabo Verde ficará "mal visto" junto da FIFA e da CAF se não se fizer representar nestas eliminatórias, uma vez que grande parte dos projectos conseguidos junto das duas organizações está relacionada com a prestação da selecção nacional nas provas internacionais.
"Apesar da entrada tardia de Cabo Verde nestas provas, a participação nas competições internacionais, tanto a nível da selecção, como a nível das equipas, tem trazido grandes ganhos para o próprio país", referiu.
No mais recente ranking mundial elaborado pela FIFA, divulgado a 20 de Novembro último, Cabo Verde surge no 101º lugar, seis posições acima do lugar que atingiu em finais de 2008. Em Junho deste ano, a selecção cabo-verdiana chegou a ocupar o 94º posto, a mais alta da sua história.
No mesmo ranking, e tirando Brasil (2º posto) e Portugal (5º), Moçambique é o país lusófono melhor cotado (72º), à frente de Angola (94º), Cabo Verde (101º), Macau (189º), Guiné-Bissau (191º) e Timor-Leste (200º). São Tomé e Príncipe não surge na lista.
VNN Staff / Lusa e RTC
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