Sunday, March 7, 2010

DGD distribui verbas às federações

A Direcção-Geral dos Desportos (DGD) anunciou esta quarta-feira o valor de 57.151.253 escudos em subsídios para as Federações Desportivas. Da fatia contemplada para o Desporto no Orçamento Geral do Estado (OGE), 76,2% vão para as federações, ficando a Direcção Geral dos Desportos com 23,8% do bolo para o desporto informal e comunitário, apoiar escolas de iniciação desportiva, premiar atletas nacionais de todas as modalidades, o desporto para deficientes, criar parques desportivos e muito mais.

Futebol conseguiu a maior fatia, 25.650.801 CVE. Um grande aumento em relação ao ano passado – 14.081.301 escudos, quase o dobro. Mas nesta verba para o desporto-rei concedida este ano estão também incluídos os três mil e quinhentos contos para a participação de Cabo Verde na Taça Amílcar Cabral. E mais dois mil contos para a presença dos clubes representantes de Cabo Verde na Liga dos Campeões Africanos. “A lei manda que a verba destinada a essas participações deve estar incluída no programa das Federações respectivas”, esclarece o director dos Desportos Inácio Carvalho. O Ténis também vai ter este ano mais 350 contos do que em 2009: passou de dois mil cento e trinta contos (2.130.000$00) para dois mil quatrocentos e oitenta contos (2.480.000$00).
Atletismo conseguiu aumentar em pouco mais de mil contos a sua fasquia: tem este ano, três mil, quatrocentos e setenta e quatro contos e quatrocentos e setenta e seis escudos (3.474.476$00) para as suas actividades, quando em 2009 a sua verba foi de dois mil, quatrocentos e sessenta e cinco contos e oitocentos e setenta e seis escudos (2.465.876$00).
A Ginástica também passou de uma verba de dois milhões, cento e nove mil e setecentos e setenta e seis escudos (2.109.776$00) para dois milhões, quinhentos e quarenta e cinco mil e cento e trinta e dois escudos (2.545.132$00). “Um ligeiro aumento”, considera a sua presidente, Luísa Lobo.
De fora desta primeira tranche, a ser desbloqueada ainda este mês, ficam as Federações de Boxe, Basquetebol, Andebol e Voleibol, porque ainda não apresentaram na DGD as suas contas de gestão relativas ao ano 2009.
No grupo, só o Basquetebol e o Boxe viram a sua verba baixar. O Basquetebol perdeu 2 milhões e 44 escudos: passou dos 8.455.448 escudos recebidos em 2009 para 6.415.448 escudos este ano. O director-geral dos Desportos justifica esse corte no orçamento com o facto de no ano passado o basquetebol ter beneficiado de um bolo maior por estar envolvido nos Jogos Olímpicos. Mas este ano, diz Inácio Carvalho, vão organizar o campeonato africano de Basquetebol em Cabo Verde, pelo que se acrescentou os 2,3 milhões CVE ao bolo, que mesmo assim é menor que o do ano de 2009. “2,3 milhões CVE vão para a preparação, alojamento e transporte dos jogadores das ilhas e também dos nossos internacionais”, pontua o DGD.
O boxe também sofreu uma baixa a rondar os mil e quinhentos contos. Dos 4.504.500 escudos de 2009 descambou para os actuais 3,01 milhões de escudos.
Mas o Andebol viu o seu subsídio aumentar de 5.724 contos (2009) para 7.262 contos este ano. Idem para o Voleibol, que subiu de 4.501.020 escudos para 5.703.920 CVE.
As federações em falta, embora a DGD já tenha estipulado o valor que cada uma vai receber, só vão poder ver a cor do seu dinheiro quando puserem as contas em dia.
No acto da assinatura dos Contratos-Programa para o ano desportivo em curso, as federações de boxe, basquetebol, andebol e voleibol não se fizeram representar. Deviam andar à volta das suas contas de gerência, e a correr atrás do prejuízo. E o director-geral, Inácio Carvalho, que faz questão de sublinhar o entendimento existente, também com essas federações, quanto aos valores que lhes cabe, no entanto é categórico ao afirmar que as verbas só serão desbloqueadas depois que essas federações regularizarem a sua situação junto da DGD, ou seja, justificarem o dinheiro que receberam do Estado no ano passado. Portanto, quem não tem as contas em dia corre o risco de ficar sem essa “preciosa” ajuda para realizar as actividades que programou para este ano.
Para as federações que têm todas as suas contas em dia, a DGD prometeu que vai desbloquear as verbas nos próximos dias. E assim, a maior fatia do bolo vai para a Federação Cabo-verdiana de Futebol. O chamado desporto-rei recebe à volta de 26 mil contos (25.650.801$00). Já a Federação Cabo-verdiana de Atletismo tem quase 3 mil e 500 contos (3.474.476$00) para realizar as suas actividades. Escassas, diga-se de passagem no país. A Comissão Nacional de Ginástica viu o seu bolo subir um pouquinho em relação ao ano passado, pouco mais de 2 mil e 500 contos (2.545.132$00) e, por último, a Federação Cabo-verdiana de Ténis contenta-se com os seus quase 2 mil e 500 contos (2.480.476$00).
Para Inácio Carvalho trata-se de um programa “possível”, na medida dos “recursos disponíveis” para o “fomento do desporto”. Talvez por isso tenham aumentado em género, número e grau os critérios do ano passado. Tudo porque, considera o DGD, “os Contratos-Programa são instrumentos importantes para a vida federativa, e para a sociedade que anseia por mais e melhor desporto no país”.
Os representantes das federações presentes no acto consideram o “valor satisfatório”, excepção feita ao Atletismo que mais um ano fica “aquém das expectativas”.
Asemana

http://www.criolosports.com/

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