Éder Monteiro, um rapaz de treze anos, teve morte súbita esta segunda-feira à tarde, enquanto jogava futebol com outros coleguinhas, no polivalente da Ribeira Bote, em S. Vicente. Didi sofreu um desmaio, caiu ao chão e começou a espumar pela boca. Foi logo socorrido mas terá chegado morto ao banco de Urgência do Hospital Baptista de Sousa.
O corpo não foi autopsiado, mas o certificado de óbito aponta um ataque cardíaco como a causa provável da morte do adolescente. Para José Aguiar, Delegado de Saúde de S. Vicente, não restam as mínimas dúvidas de que se trata de uma morte súbita, igual a tantas outras que já vitimaram jogadores profissionais de várias modalidades, em pleno campo. “A morte súbita ocorre sem uma causa aparente. No entanto, o facto de o rapazinho estar a jogar nesse momento sob um sol ardente, pode ter tido a sua influência porque o calor aumenta a transpiração e o esforço físico”, explica o médico. Segundo Aguiar, o cadáver não foi sujeito a uma autópsia porque o especialista que costuma fazer esse tipo de exame não se encontra em S. Vicente.
Atleta do clube Batuque, Didi estava a disputar uma partida de futebolim com um grupo de amiguinhos da zona de Ribeira Bote, por volta das 13 horas de segunda-feira, debaixo de um sol ardente. Segundo os seus colegas, quando Didi caiu ao chão, pensaram que ele estivesse a brincar. “Eu ia a conduzir a bola para a baliza adversária e quase que lhe pisava o corpo, valeu ter sido avisado pelos outros jogadores que ele estava caído no chão. Fomos ver o que se passava e reparamos que ele tinha a língua esbranquiçada e respirava com dificuldades”, conta Yuri, 12 anos. Desorientados, os amiguinhos correram a pedir ajuda na rua, alguns foram buscar água e outros à procura de um meio de transporte. Segundo relato dos colegas de Didi, um condutor negou-lhes auxílio, alegando que ia tomar banho de mar e que, por isso, não tinha tempo a perder.
Transportado para o hospital, a criança não resistiu. Momentos depois, os amiguinhos receberam a notícia que jamais esperavam escutar: Didi morreu. “Estou triste, muito triste”, confessou Yuran, primo do falecido, sem poder parar de soluçar. Jorge, outro primo de Didi, mostrou-se também muito abatido com a perda do amigo e colega de futebol. Para eles ficou, no entanto, uma grande lição: praticar desporto debaixo de um sol ardente pode ser um acto perigoso e até mortal.
Segundo Jorge, esta foi a segunda vez que Didi sofreu um desmaio e estatelou-se no chão. Conta que, da primeira vez ele estava na escola, perdeu os sentidos e embateu com a barbela no chão. Mas recuperou-se pouco depois. Desta vez foi fatal.
Esta informação apanhou os parentes de surpresa e todos agora perguntam se o menino não teria alguma patologia grave no coração, que nunca foi detectada. Para o médico José Aguiar, é quase certo que o miúdo sofria de cardiopatia congénita.
Por: Kim-Zé Brito asemana
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Sunday, March 7, 2010
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