Thursday, May 27, 2010

Stopira: «É um salto na minha carreira» - APOSTA PARA O LADO ESQUERDO DA DEFESA

Dois santos e duas ilhas marcam o percurso de um dos reforços do V. Guimarães para a próxima época: Santiago e S. Miguel. Na primeira, no arquipélago de Cabo Verde, nasceu, cresceu e fez-se jogador de futebol. Na segunda, S. Miguel, nos Açores, também no meio do Atlântico, mas numa latitude mais setentrional, afirmou as suas qualidades e despertou o interesse de emblemas mais sonantes. Chegou agora a hora de se fixar no continente. Em Portugal, concretamente no berço da nação que descobriu as ilhas dos Açores e de Cabo Verde.
Falta apenas apresentar o jogador e por isso este mostra ainda algumas reservas (naturais) quanto ao seu futuro, mas já vai dizendo que ir para Guimarães "é um salto na minha carreira". Precisando, "um grande salto". Que chega depois de uma época, a segunda, na qual se afirmou como titular de um Santa Clara que, mais uma vez, morreu na praia na luta pelo regresso ao escalão principal. "Foi pena, pois fizemos tudo para conseguir subir de divisão", lamenta o defesa-esquerdo cabo-verdiano que disputou 26 dos 30 jogos do Santa Clara na última edição da Liga Vitalis, com um golo marcado... na própria baliza.

Ianique...
O reforço vitoriano chama-se Ianique dos Santos Tavares, mas todos o conhecem por Stopira. Não era difícil adivinhar a inspiração do nome de guerra. Confirma-se: Yannick Stopyra. O avançado que foi uma das figuras da seleção francesa que no Mundial'86, dois anos antes de Ianique Tavares nascer na cidade da Praia, eliminou o Brasil.
"Como me chamava Ianique, no bairro onde vivia, na Praia, associaram-me a ele e fiquei a ser conhecido por Stopira", recorda o defesa o momento do seu segundo batismo. "Não, nunca vi jogar o outro Stopyra, mas sei que era ponta-de-lança", acrescenta, sorrindo.
Agora, chegou o momento de confirmar as suas credenciais numa equipa de primeira linha. "O meu objetivo passa por chegar cada vez mais longe e ter a possibilidade de jogar no V. Guimarães, como tudo indica, é fantástico", sublinha quem, em Ponta Delgada, tinha por companheiro o compatriota Valter de quem aproveita para referir: "Ajudou-me muito nestes dois últimos anos."
Autor: EUGÉNIO QUEIRÓS
Record

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