Esta indefinição directiva tem levado a uma grande instabilidade no seio dos jogadores leoninos, que vêem o tempo passar sem que a situação seja resolvida. É que apesar dos vários nomes já comentados para substituir Rui Évora, tudo não passa de cogitações já que continua sem aparecer um nome ou uma lista que assuma as rédeas do clube leonino. Por outro lado, a questão financeira é a que mais dores de cabeça tem trazido à direcção cessante, pois vários compromissos da época passada com os jogadores continuam por saldar.
Mais: o clube leonino precisa de um “patrocinador forte” para a época 2010/2011, mas a busca até ao momento ainda não deu nada de concreto. Falou-se de um patrocínio da empresa portuguesa Monte Adriano, porém até ao fecho deste jornal ainda não havia nenhum sinal a confirmar esse apoio financeiro. Numa reunião realizada na semana passada entre a direcção cessante e os jogadores ficou claro que o Clube não iria ainda avançar com compromissos para esta época, por falta de patrocinador. Assim, e os jogadores saíram da reunião como entraram: de mãos a abanar!
Todos esses factores contribuem para que o ambiente no Sporting não seja o melhor. Aliás, um elemento ligado ao clube leonino disse ao LANCE que “esta situação não é digna de um clube com os pergaminhos do Sporting” e o pior é que “no momento mais difícil, os elementos da direcção não conseguem manter-se unidos e arranjar uma solução”, lamentou.
Vários adeptos questionam também por que nenhum dos vice-presidentes concorre à presidência, tendo em conta a situação actual do clube. Mas a verdade é que nenhum dos três vices – Carlos Évora, António Sérgio, Paulo Veiga – manifestou a intenção de assumir a presidência. Comenta-se, de resto, que Paulo Veiga entregou recentemente o seu pedido de demissão, agastado com críticas de que tem sido alvo por parte de outros elementos da Direcção sportinguista. A nossa fonte informa que aquele vice-presidente bateu com a porta e o Sporting acabou por perder “aquele que foi um dos principais suportes financeiros do Clube na época passada”.
Entretanto, as comissões criadas recentemente para gerir o vazio directivo acabaram por não ser a solução mais adequada. É que “ninguém assume nada, principalmente quando a questão tem a ver com as finanças”, rematou a nossa fonte.
E no meio dessa crise directiva, o Sporting tarda a anunciar o nome do próximo treinador depois da saída de Alex no defeso, num momento em que vão diminuindo as opções no mercado. Enquanto isso, a generalidade do plantel continua vulnerável a convites que possam surgir de outros clubes.
Nuna assina pelo Boavista, Zé Mário nos Travadores
O avançado Nuna (ex-Sporting da Praia) assinou pelo Boavista da Praia e já foi apresentado aos seus colegas como reforço do sector de ataque dos “axadrezados”. Após não ter chegado a acordo com o extremo Hassan, que já traçara o seu rumo para a Académica da Praia, a direcção do Boavista optou pelo avançado sportinguista, e, ao mesmo tempo, foi buscar Tatino, o possante avançado da ilha do Maio que assinou por duas épocas com os campeões nacionais. Na cerimónia de apresentação do plantel, que teve lugar esta semana no Centro de Estágios da Federação Cabo-verdiana de Futebol, Zé Piguita foi também apresentado como o novo director desportivo do Clube e passará a fazer a ponte entre os jogadores, equipa técnica e a direcção.
Entretanto, Zé Mário, o “esquerdino” que há várias épocas estava no Boavista, rumou aos Travadores. Depois de ter sido titular durante vários anos, Zé Mário tinha passado à condição de suplente com a chegada do internacional cabo-verdiano Nilson ao Boavista, pelo que a sua saída para os encarnados da capital é vista como uma forma de relançar a sua carreira.
Asemana
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