Sunday, November 21, 2010

Fufuco: “Estou em Cabo Verde para devolver o dinheiro à Académica...”

O ex-avançado do Boavista da Praia, António Tavares, Fufuco, encontra-se em Cabo Verde a resolver alguns “assuntos pessoais”. Neste regresso à terra, Fufuco diz que quer esclarecer alguns “mal-entendidos” e vai devolver os 150 contos que a Académica lhe deu para assinar a ficha neste verão.

Três meses depois, Fufuco voltou a pisar o relvado do Estádio da Várzea e cruzou com asemanaonline ao fim da tarde desta quinta-feira. O avançado, que foi melhor marcador do nacional de futebol e recentemente considerado jogador e atleta do ano, mostra-se arrependido pelos constrangimentos causados à Académica, mas diz que volta para resolver “alguns mal-entendidos” e devolver os 150 contos que a briosa gastou com ele em subsídios, antes de partir para a aventura no estrangeiro.
“Vou começar a jogar em Dezembro pelo Al Intag Al Herbi, clube de polícias da primeira divisão do Egipto. Mas vim apenas por uma semana para resolver algumas situações, entre elas o caso da ficha assinada com a Académica e outras coisas que saíram nos jornais”, começa por dizer o avançado, 24 anos, adiantando que assinou pela Académica sem intenção de sair para jogar fora. Entretanto, diz, apareceu a oportunidade e viajou no mesmo dia, pelo que não teve tempo de avisar nem esclarecer os responsáveis da Micá. “Podia contactá-los por telefone, mas queria resolver isso pessoalmente e é o que vou fazer nesta semana que tenho em Cabo Verde. Estou preparado para tudo”.

Qualquer jovem cabo-verdiano pode jogar no Egipto

De volta à terra e a pisar o relvado do Estádio da Várzea, o avançado "polícia" não esconde a saudade de brilhar com golos e de provar que é “Fufuco ki sta manda”. O avançado diz que o futebol egípcio é melhor do que o cabo-verdiano apenas em termos de organização, por ser profissional, com melhores condições infra-estruturais. Entretanto, entende que se deve apostar mais nos jovens nacionais, já que qualquer um tem capacidade para jogar nas equipas daquele país.

O clube não me liberou para jogar pela selecção

O avançado ainda sente a mágoa por não ter feito parte dos jogadores para defrontar o Mali no Estádio da Várzea, que conhece como ninguém. Esclarece que estava muito interessado em viajar para Cabo Verde, fez muita pressão ao clube, que não o liberou porque tinham um jogo muito importante na altura. Mais, explica que ainda não tinha contrato assinado e correria o risco de voltar e não poder regressar. Mesmo assim, faz saber que está sempre disponível para dar o seu contributo à selecção de todos nós.

É preciso ter muito estômago

O avançado confessou ao asemanaonline que se sente sozinho no Egipto e que passa por muitas necessidades, não por vontade própria, mas sim por não estar habituado a certas coisas, entre elas a língua e a alimentação. “É preciso ter estômago, a comida é totalmente diferente e não estou acostumado”. Por outro lado, diz que as pessoas são amigáveis, simpáticas, o país é calmo e propício para a prática desportiva. Na hara di bai o avançado não esquecer os clubes que o marcou e promete ajudar o Bairro, o Boavista e a Académica com equipamentos desportivos, pois vai assinar contrato que "dá para viver bem".
Ricardino Pedro
Asemana

http://www.criolosports.com/

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