Selecção de futebol de Cabo Verde: Instituições financeiras garantem salário da equipa técnica

A direcção da Federação Cabo-verdiana de Futebol já assegurou os salários da equipa técnica da selecção nacional da modalidade até ao final dos últimos jogos para o Campeonato Africano das Nações, CAN'2012.
Efectivamente, os grupos financeiros - Banco Interatlântico, Banco de Cabo Verde e Garantia - asseguraram, publicamente, à remuneração da equipa técnica da selecção nacional, para os jogos de classificação para o Campeonato Africano de Futebol (CAN).
Esta garantia foi oficializada no Centro de Estágio, onde os administradores destas instituições económicas rubricaram o protocolo de cooperação com a direcção da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), visando subsidiar mensalmente 500 mil escudos para pagar os salários da equipa técnica da selecção de futebol de Cabo Verde.
O presidente da federação, Mário Semedo, considera tratar-se de um passo extremamente importante para Cabo Verde continuar a ter o seu treinador de futebol a tempo inteiro, depois de ultrapassada uma das situações mais difíceis, vividas na modalidade nos últimos anos com a quebra do contrato do patrocinador anterior que proporcionou a saída do treinador antecessor de Lúcio Antunes.
Mostrou-se orgulhoso pelo facto da FCF estar associado as três instituições de prestígio "que ultrapassa a própria fronteira nacional" e garante que a selecção tudo fará para aureolar a marca que vai ostentar.
Semedo disse que a instituição que dirige vai compartilhar o sucesso que a selecção nacional tem vindo a ter até este momento com as três instituições financeiras, ciente que não fosse os seus envolvimentos, "certamente não teríamos um treinador a tempo inteiro.
É que para Mário Semedo, após a quebra do contrato com o treinador cessante, João de Deus, a FCF encontrava-se numa situação aflita e de difícil solução, mas que contou com a pronta eficácia destes três parcerias.
Avançou, por outro lado, que a FCF tem novos desafios e projectos importantes que visam o desenvolvimento do futebol, pelo que, vai continuar a precisar destas parcerias e dos patrocínios e das instituições, algumas das quais "já vem do passado", razão pela qual promete tudo fazer para honrar os compromissos assumidos, através da divulgação destas instituições à volta dos jogos da selecção nacional.
O protocolo tem a validade até ao último jogo da selecção de Cabo Verde, Outubro 2011, caso a equipa não consiga o apuramento para o CAN, estando desde já reservado a sua continuidade se Cabo Verde qualificar-se para o Campeonato Africano das Nações.
"Selecção nacional merece tratamento especial", Joaquim de Sousa da CGD
Em representação das empresas financiadoras, o administrador do BCA, Joaquim de Sousa, da Caixa Geral de Depósitos (CGD), afirma mesmo que a estratégia adoptada pela FCF tem sido muito eficaz por entender que a selecção nacional, enquanto um símbolo da nação, merece um tratamento especial por ser o clube de todos os clubes e equipa de todas as equipas e, seguramente, de todos os cabo-verdianos.
Para o administrador da Caixa Geral de Depósitos que se encontra há um ano em Cabo Verde, nota-se claramente que o futebol é a paixão dos cabo-verdianos e que trespassa a todos os extractos etários e todos os espaços sociais.
Joaquim de Sousa disse mesmo que o sucesso do desempenho da selecção nacional terá um impacto muito significativo, por ser uma motivação acrescida por parte dos jovens em Cabo Verde, com vista a incentivar a juventude para a prática do desporto.
Ressalvou, igualmente, que a intervenção destas duas bancas e seguros, sobretudo das instituições que fazem parte do grupo da Caixa Geral de Depósitos, à volta da equipa nacional de Cabo Verde, enquadra-se na política social do grupo que representa, pois, "quando pensámos em patrocinar, pensamos no desporto e na juventude".
Isto porque, apesar do patrocínio ser canalizado directamente para a equipa técnica, o grupo CGD entra nesta acção com as baterias apontadas para o apoio ao desporto e, particularmente à juventude, convicto que o sucesso da selecção nacional terá um impacto muito significativo ao nível do que será uma motivação acrescida por parte dos jovens em Cabo Verde.
Considera, também, que esta motivação poderá ser imprescindível para retirar os jovens de algum assédio para comportamento menos sociais do que a prática do desporto e do futebol, já que permitem a introdução do principio dos valores do jovens que farão deles um futuro melhor.
Por isto, foi claro em afirmar que estas instituições financeiras entraram nesta corrida convicto que esta parceria terá um retorno muito grande, pois que estão apostados em alavancar as suas notoriedades de marcas, quer no panorama internacional, quer nas relações tidas, já que o futebol simboliza um desporto de multidão e de paixões.
Expresso das Ilhas

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