Wednesday, May 18, 2011

DGD distribui verbas às federações “cumpridoras”

Acabou finalmente a agonia para as federações desportivas. Depois de um longo atraso, a Direcção-Geral dos Desportos disponibilizou esta segunda-feira, 16 de Maio, um valor superior a 52 mil contos (52.120.653$00) em subsídios às federações de futebol, andebol, ténis, karaté e Comissão Nacional de Ginástica, as únicas que têm as suas contas em dia.
Mais uma vez, o futebol recebeu a maior fatia do bolo, e com um aumento de 2.299.119 escudos em relação ao ano anterior. O desporto-rei passou de 25.650.801 escudos em 2009 para 27.950.000 escudos para realizar as suas actividades programadas. O andebol também conseguiu aumentar em mais de três mil contos a sua fasquia, de 7.262.000 escudos para 10.285.265 escudos. O ténis viu também o subsídio do Governo aumentar: 2.480.000 escudos em 2009, recebe agora 2.530.470 escudos.
A Comissão Nacional de Ginástica passou de uma verba de 2.545.132 em 2009, para um valor de dois milhões, novecentos e treze mil, seiscentos e trinta e dois escudos (2.913.63$00) para as suas actividades em 2010. Depois da ausência no ano passado, a federação de artes marciais entrou logo com um valor de dois milhões, duzentos e quarenta e oito mil escudos para as suas actividades regionais, nacionais e internacionais. Uma fatia do bolo que deixa o presidente João Carvalho “muito satisfeito”.
No acto de assinatura dos contratos-programa, Filomena Fortes, presidente da Federação Cabo-verdiana de Andebol, que falava em representação das demais federações, enalteceu o gesto do Governo, através da DGD, mas pede uma verba maior para o desporto nacional. “Queria aproveitar esta oportunidade para chamar atenção do Governo da necessidade de disponibilizar uma verba maior, dada a importância que o desporto tem para Cabo Verde”.
Em jeito de resposta, o Director-geral dos Desportos, Inácio Carvalho, enaltece o ligeiro aumento em todas as modalidades e entende que é um “subsídio possível”, tendo em conta a situação do país. “Apesar da crise mundial, que tem efeitos directos em todo o país, é notório um aumento de verbas para todas as federações desportivas. Constitui um montante bastante considerável do orçamento do sector”, diz o DGD, lembrando mais uma vez que só podem concorrer às ajudas do Estado as federações que tenham as suas contas em dia.

Boxe, atletismo e basquetebol não assinam
Entretanto, as federações de boxe, atletismo e basquetebol não assinaram hoje os seus contratos-programa, por razões diferentes. O basquetebol já tem as suas contas em dia, mas o seu presidente, Kitana Cabral, não se encontra no país, pelo que a assinatura deverá acontecer assim que ele regressar e voltar a reunir-se para discutir com a DGD. Já o boxe e o atletismo ainda estão às voltas para resolver questões pendentes relativas à definição dos seus presidentes. O caso do boxe espera o tribunal decidir sobre a impugnação que Patrício Gomes interpôs à eleição de Flávio Furtado. Já o atletismo, ainda corre para a definição dos novos corpos sociais.
Quanto a essas indefinições no atletismo e no boxe, Inácio de Carvalho deixa saber que caso a situação não seja resolvida, a DGD irá intervir para pôr ordem na casa. “A DGD está disponível para uma concertação entre as partes, e contribuir para um entendimento. Estamos disponíveis para financiar um encontro entre as partes, de forma que as modalidades possam tomar o seu rumo desejado. Não queremos que as federações estejam nas situações em que estão. Estamos abertos e disponíveis para, juntos, encontrarmos soluções”, conclui.
Ricardino Pedro
Asemana
http://www.criolosports.com/

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