Wednesday, March 19, 2008

Karate contra Federação de Artes Marciais: DGD ALERTADA PARA ILEGALIDADES

Não houve assembleia geral da Associação de Santiago-Sul, não há acta: a pretensão de levar a ASSK para a FCAM é uma decisão pessoal do seu presidente e não traduz a vontade dos associados – é uma afirmação dos sênseis da Praia em carta enviada ao director geral de Desportos

Praia, 19 Março - A Direcção Geral dos Desportos, que se tem pautado pelo “mutismo” diante das controvérsias do karate nacional, está a ser pressionada para cumprir o seu papel de guardiã da legislação desportiva cabo-verdiana. Um grupo de instrutores da maioria dos clubes com assento na assembleia geral da Associação de Santiago-Sul de Karate contesta o processo constituinte da Federação Cabo-verdiana de Artes Marciais. O dossier, que se presume passar pela DGD, está, segundo os contestatários, impregnado de ilegalidade.
Preocupados com o facto de a Associação de Santiago-Sul constar do processo de criação da referida Federação, os instrutores advertem a DGD que tal realidade é uma decisão pessoal e unilateral do presidente da direcção da Associação, Narciso Mascarenhas.
Arlindo Barros, Victor Marques, Kiluange Araújo e José Belmiro Fonseca alertaram, em missiva escrita no último de fim-de-semana, o director geral dos Desportos: na falta de uma acta de assembleia geral para decidir a filiação da Associação de Santiago Sul na Federação Cabo-verdiana de Artes Marciais, aqueles sênseis da Praia acreditam que a DGD irá agir em conformidade com a lei, em prol da democracia desportiva.
“Os nossos clubes são membros ordinários e maioritários da Associação de Santiago Sul de Karate. Uma vez que não houve assembleia e, pior ainda, proposta de filiação da nossa Associação na FCAM, ignoramos quaisquer decisões nesse sentido. É necessário respeitar os princípios democráticos”.
Asseveram os instrutores, apreensivos quanto à “conjura” dos elementos da FCAM contra a Associação de Karate: “Essa atitude traduz e comprova maquiavelismos. Trata-se de pessoas que, antes, lutaram com unhas e dentes pela abolição das organizações de artes marciais e consequente afirmação do karate”.
Sem se imiscuírem na vida da FCAM, os contactados por Liberal esperam que a DGD ouça pareceres técnicos antes de atribuir quaisquer subvenções do Estado a uma Federação excluída do contexto desportivo mundial e da qual a Associação de Santiago Sul de karate não fará parte.
Liberal

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