Basquetebol: Ricó considera desnecessária contratação de mais treinador para a selecção nacional

Praia, 24 Jun. (Inforpress) – O treinador da selecção nacional de basquetebol, Ricó Silva, garantiu esta terça-feira à Inforpress que Cabo Verde está dotado de uma equipa técnica altamente qualificada e capacitada para conduzir o combinado nacional no Torneio Pré Olímpico em Atenas e , por isso, ele não vê necessidade de recorrer a qualquer treinador estrangeiro.
Ricó, que faz companhia na equipa técnica a Kula, considerado o mais capacitado treinador residente, afirma mesmo que a Federação Cabo-verdiana de Basquetebol já não deveria estar, neste momento, preocupada com a contratação de qualquer outro treinador.
Este antigo internacional cabo-verdiano, vencedor da Taça Amílcar Cabral disputada em 1996 na Cidade da Praia, define-se como um treinador profissional e altamente habilitado para desempenhar as suas funções mesmo em França, pelo que diz não entender o interesse na procura de um novo treinador.
Ricó entende mesmo que a contratação de um novo treinador não passa de um gasto desnecessário que poderia ser aproveitada para outras coisas, assegurando que em contrapartida a equipa técnica actual trabalha com “amor a pátria e ao basquetebol”, num clima de grande seriedade.
Em relação aos convocados para o Torneio Pré Olímpico, Ricó assegura que a selecção nacional está reforçada com grandes basquetebolistas e que a equipa está muito mais forte do que aquela que conquistou a Medalha de Bronze no Afrobasket em Angola.
“Quase metade da equipa veio de fora. É pena a gente não poder contar com muitos dos que qualificaram Cabo Verde para o Pré-Olímpico. Certo é que os novos reforços são bons jogadores, gozam de uma disciplina rígida e de um grande rigor técnico”, assegura.
De momento a equipa técnica está preocupada na construção de um colectivo forte, pelo que nos últimos treinos têm apostado mais nos sistemas defensivos e ofensivos e na criação de uma identidade nacional – jogadas rápidas.
Em relação à competição propriamente dita, Ricó faz a seguinte leitura: tirando a Grécia considerada favorita, já que joga em casa, resta mais 10 equipas, praticamente com um mesmo nível, na disputa das três vagas olímpicas.
Ricó assegura mesmo que Cabo Verde vai jogar para tentar ganhar lugar por mérito próprio e não apenas por participar.
Recorde-se que o presidente da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol, Kitana Cabral, havia anunciado “para breve” a contratação de um treinador estrangeiro “africano” para chefiar a equipa técnica.
Inforpress