Wednesday, September 30, 2009

"Rolando: Um rei da matemática na raia alentejana"


O Jornal de Notícias, matutino português, deu à estampa este artigo sobre o jogador sensação do Futebol Clube do Porto: Rolando. O futebolista cabo-verdiano mereceu um artigo de destaque no dia anterior ao duelo Porto-Sporting, que foi disputado neste sábado, 26.

por: R. M. M.
"Há menos de dez anos, um miúdo tímido, cabo-verdiano, de nome Rolando, chegava ao Campomaiorense. Para trás, ficou o Batuque Futebol Clube e o bairro da Boavista, em São Vicente. Os pais de Rolando estavam em Madrid mas ali o central não conhecia ninguém. Aos poucos, foi fazendo amizades e acabou "adoptado" por Luís Manuel e Rosinda Paio, gerentes de um restaurante em Campo Maior e pais dos melhores amigos de Rolando.
"Era um miudito tímido, reservado, um pouco como é hoje. Passava muito tempo sozinho e começou a ir lá a casa. Até dormia lá", recorda ao JN Luís Paio, "pai" de Rolando (assim o trata o jogador). O central passou três anos em Campo Maior e, sem cachupa, habituou-se à gastronomia alentejana. "Hoje já come uma carne de porco à alentejana, mas naquela altura estranhava", completa o tutor.
Rolando vivia para os estudos e para o futebol. Terminou o ensino secundário "com média de 18 valores" e era craque a matemática. Era conhecido como o "Rei da Matemática" e representou o distrito de Portalegre como melhor aluno. Não fosse o futebol e hoje era engenheiro.
Os melhores amigos eram Luís Miguel e José Duarte, filhos de Luís Paio. José Duarte tratava o amigo por "Rola". Em 2007, dias antes da final da Taça de Portugal entre Belenenses (equipa de Rolando naquela altura) e Sporting, faleceu e, na carta que escreveu antes de morrer, não esqueceu Rolando: "Rola, marca aos lagartos".
O jogador ficou arrasado com a morte do amigo. Não marcou naquela final. Os leões ganharam com um golo de Liedson. A camisola está no restaurante de Luís Paio: "Tenho três. Duas do Belenenses, uma da final da Taça e outra quando ganharam 4-1 ao Benfica [2004/05] e uma do F. C. Porto, quando foi titular na Luz. Falta uma da selecção nacional".
Esteve com um pé no Boavista, mas acabou à experiência no Belenenses. Manuel José aprovou-o. "Treinou muito desinibido. Fiquei logo impressionado", recorda, ao JN, o seleccionador de Angola.
in: JN
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