Jogos Africanos: Cabo Verde ainda não definiu modalidades

Cabo Verde ainda não definiu as modalidades que irá levar aos Jogos Africanos, que acontecem de 3 a 18 de Setembro deste ano, em Moçambique. Ultrapassado que está o dia 1 de Abril, data lilmite para fazer a sua inscrição provisória junto do Comité Organizador, nenhuma modalidade cabo-verdiana tinha – até ao momento da nossa reportagem – inscrito o nome no maior evento desportivo do continente. O director-geral dos desportos, Inácio Carvalho, não abre o jogo, mas informa que o assunto vai ser discutido esta semana com a Ministra Fernanda Marques, pelo que só depois comunicará quais as modalidades que vão desfraldar a nossa bandeira em Maputo.

Os dirigentes das federações desportivas de Cabo Verde mostram-se preocupados com este atraso na definição das modalidades, pois, precisam de tempo para preparar uma competição como os Jogos Africanos, em que 6.500 atletas de todo o continente vão à procura de medalhas em 24 modalidades diferentes. Até ao momento, a única certeza que se tem é que a selecção feminina de andebol já foi repescada para os jogos. Mas, apesar de a boa nova ter chegado pela voz do próprio presidente da Confederação Africana de Andebol, Adoph Arenou, por cá, portas adentro, o director-geral Inácio Carvalho não confirma nem desmente se a comitiva nacional de andebol ou de outra modalidade qualquer vai estar em Maputo. “Só depois de falar com a ministra posso pronunciar-me sobre este assunto”, insiste.
No entanto, soube LANCE, Inácio Carvalho ainda não o fez formalmente, mas já contactou a Federação Cabo-verdiana de Andebol (FCA) para saber o número de elementos da sua caravana. Mesmo assim, a presidente Filomena Fortes não esconde que está preocupada com todo este atraso e espera que o assunto seja resolvido e as modalidades definidas o mais depressa possível.
Quem também está a ficar “preocupado e apreensivo” com este “silêncio ensurdecedor” é o presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano. Franklin Palma teme que suceda o mesmo que em 2007, quando Cabo Verde falhou os Jogos Africanos. Daí esperar que as modalidades sejam definidas o quanto antes, como forma também de facilitar a logística em Moçambique.
Palma adianta que o COC não pode interferir, mas está a acompanhar atentamente o processo. Por isso, em último caso diz que poderá avançar com a inscrição dos quatro contemplados com a bolsa olímpica – Ruben Sança e Nelson Cruz (atletismo), Mário Camões (judo) e Gilson Rodrigues (taekwondo). “Isso se o Governo mostrar indisponibilidade em participar, claro. Podemos tentar salvar a situação dos contemplados com a bolsa olímpica, porque devem começar a preparar-se o quanto antes, e se não competirem nos torneios continentais, correm o risco de perder a bolsa de preparação para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012”, alerta.
RP
Asemana

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